Número é 10% maior do que o registrado em maio do ano passado
Por Silvio Ferreira
Em Mato Grosso do Sul, 948 mil pessoas estão inadimplentes, segundo dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. O número é 10% maior ao comparado com maio de 2021, quando existiam cerca de 865 mil consumidores com contas em atraso.
Além disso, o indicador comparou estatísticas da inadimplência no Estado, nos últimos quatro anos, período durante o qual foi registrado um crescimento de 19,7%. Em 2019, eram R$ 3,2 milhões em dívidas negativadas, e agora são R$ 4,2 milhões. O levantamento não especifica se foi considerado o valor atualizado das dívidas do público inadimplente.
No setor empresarial, o levantamento apontou que 77.834 empresas estavam inadimplentes em MS, com valor médio de dívidas de R$ 15.322,56.
Capital
Na Capital, o número de inadimplentes está em 60%, segundo a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). A principal dívida dos campo-grandenses seria com cartão de crédito (71,3%), seguida por carnês (23,7%), financiamento imobiliário (13,2%) e veicular (9,1%).
Cenário Nacional
Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população ocupada no país chegou a 97,5 milhões no mês de maio, o maior número da série histórica iniciada em 2012.
No mesmo mês, o percentual da população desempregada ficou em 9,8%, o menor registrado no período no país desde 2015 para o período.
Mas, enquanto a economia se recupera, 10,6 milhões de pessoas desempregadas ainda têm sérias dificuldades para manter as dívidas em dia.
Contexto internacional
O levantamento considerou os impactos que o contexto internacional teve sobre a economia brasileira e regional, com as consequências do pós- -pandemia, que quebrou cadeias produtivas e fez disparar a inflação no mundo todo em setores básicos como alimentação, combustíveis e energia.
A guerra entre Rússia e Ucrânia gerou alta da cotação do dólar, do barril de petróleo e de insumos como fertilizantes, primordiais para setores como o agronegócio, que estão na base econômica de estados como Mato Grosso do Sul.
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