Vestibular da USP terá banca de identificação racial

USP
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A partir do vestibular desse ano, a Universidade de São Paulo (USP), vai contar com uma comissão para conferir a autenticidade da autodeclaração racial dada pelos alunos que ingressam na universidade por meio do sistema de cotas.

A demanda surgiu após articulações de estudantes negros da USP, entretanto a medida enfrentava resistência de gestões anteriores.

Em fevereiro, logo após assumir a reitoria, o médico Carlos Gilberto Carlotti Junior disse à reportagem que uma de suas primeiras ações à frente da universidade seria implantar um sistema de heteroidentificação racial.

A composição da comissão e os critérios para a verificação da autodeclaração ainda serão definidos pelo Conselho de Inclusão e Pertencimento da Universidade.

A mudança ocorre depois de a universidade expulsar seis fraudadores em julho de 2021. A primeira expulsão da história da universidade após julgamento de fraude ocorrera um ano antes.

Outras mudanças

Outras duas mudanças foram aprovadas pelo Conselho de Graduação, no último dia 23 de junho, para o concurso vestibular da Fuvest para 2023: alterações na forma de classificação dos aprovados e a obrigatoriedade da apresentação do comprovante do esquema vacinal completo e doses de reforço contra a covid-19, no ato da matrícula, para os calouros.

As mudanças valem para as 8.230 vagas oferecidas pelo vestibular da Fuvest. Os critérios de seleção das 2.917 vagas ofertadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), voltado aos candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não sofreram alterações.

 

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