Foi entregue ontem (30), o relatório da comissão de entidades que participaram do TPS (Teste Público de Segurança) do sistema eletrônico das eleições deste ano, ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Esse teste é um procedimento habitual, e realizado desde 2009.
Segundo o relatório, o sistema da urna eletrônica continua “íntegro e seguro”, apesar dos “achados” que foram identificados durante os testes.
O documento é assinado pelos dez membros da comissão, que é composta por representantes da Polícia Federal, do Ministério Público, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), do Congresso Nacional e do TCU (Tribunal de Contas da União). Há também os membros de áreas acadêmica e científica.
“Observa-se, ao longo dos eventos do TPS, realizados de 2009 até o momento, que os resultados apresentados demonstram a maturidade dos sistemas eleitorais. Todavia, nota-se, em alguns testes, que os avanços obtidos pelos investigadores demonstram também a relevância dos subsistemas e componentes que, isoladamente, ainda apresentam espaços para melhoria nos quesitos relativos à qualidade do projeto e à dependência dos mecanismos de segurança externos”, apresenta o relatório.
Para realizar o teste de segurança, o TSE, que é o órgão responsável pelas eleições, convidou investigadores de diversas instituições para executar 29 planos de ataque aos equipamentos das urnas eletrônicas.
As tentativas para burlar o sistema de segurança, consistem por meio da disponibilização do código-fonte, um procedimento no qual o tribunal entrega a chave de programação das máquinas que compõem as urnas, como os componentes que recebem a transmissão e apuração dos votos.
No ano passado, dos 29 ataques cinco obtiveram êxito, mas nenhum conseguiu atacar o software responsável pelo funcionamento da urna e o aplicativo referente ao armazenamento do nome tanto de eleitores quanto de candidatos.
Após essa primeira fase, o TSE reuniu técnicos para solucionar os problemas encontrados e apresentá-los no ínicio deste mês, para a segunda fase do TPS. Ainda segundo o tribunal, os investigadores repetiram os ataques, mas não tiveram sucesso, pois todas as cinco vulnerabilidades foram corrigidas.
Com informações da Agência Brasil.
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