Sem Simone pelo MDB, Puccinelli evita falar em apoios à Presidência

André Puccinelli e Simone Tebet
Reprodução

Com fracasso da 3ª via, partido vai ter grupos apoiando Bolsonaro e Lula

Por Rayani Santa Cruz

O pré-candidato a governador André Puccinelli, do MDB, evitou tecer comentários sobre quem apoiará para a Presidência da República, caso a senadora Simone Tebet não seja lançada ao cargo pelo partido. Com o aparente fracasso das negociações da terceira via, que são articuladas com o PSDB e Cidadania, o partido tende e se dissipar em grupos que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Por enquanto, Puccinelli diz que vem sendo procurado por diretórios nacionais de ambos os partidos para dar palanque em Mato Grosso do Sul.

Segundo texto divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, edição de terça-feira (3), o grupo do MDB pró-Lula corresponde a apenas 30% de lideranças partido, ao passo que 70% da executiva nacional tende a apoiar Bolsonaro. Por isso, para a cúpula do partido, a avaliação é de que a candidatura de Simone Tebet à Presidência tem papel estratégico para segurar esses filiados de um envolvimento mais explícito na campanha de Bolsonaro. Os cálculos foram feitos com base no quadro de delegados e na leitura do cenário político em cada região.

Ao jornal O Estado, Puccinelli comentou com certa neutralidade a situação da executiva, e diz que, por enquanto, a senadora é a pré- -candidata pelo partido. Ele evitou escolher entre Lula e Bolsonaro num eventual declínio de Tebet, e disse que a decisão final ficará para o mês das eleições em outubro.

“Vamos esperar a definição da nacional, pois ainda não sabemos se vão lançar essa candidatura única. Acredito que até o final de maio decidam essa questão. Mas já adianto que vou seguir a orientação popular, e isso será mais para término do primeiro turno.”

O emedebista disse também que neste momento é procurado por diretórios nacionais de partidos que apoiam Lula e Bolsonaro, mas que nada está definido. Ele aproveitou para dizer que uma foto divulgada nas redes sociais, e que aparece com Lula, é de 2007 quando estava em agenda no mandato de governador e que isso não significa aliança para este pleito. “Estamos sendo procurados pelos diretórios e não decidimos absolutamente anda. Eles querem esse palanque, mas isso será definido mais para a frente.”

Nesta semana, Puccinelli cumpre agenda em Ivinhema, Nova Andradina e Batayporã.

Leia a matéria completa na página A3 do caderno impresso do Jornal O Estado MS

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