Por Camila Farias [Jornal O Estado]
O Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) colocou a população em alerta para o aumento gradativo de casos de dengue no Estado. Em 2022, já foram registrados 3.845 casos da doença, incluindo três mortes, duas em Campo Grande e uma em Aparecida do Taboado.
Entre os municípios, 15 apresentaram aumento na taxa de incidência, que foi superior a 300 casos por 100.000 habitantes, e 16 tiveram incidência moderada, de 100 a 300 casos por 100.000 habitantes.
Informações do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde revelam que os casos de dengue tiveram um crescimento de 85,6% até o início de abril de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
De acordo com o presidente do Cosems-MS, a ação de combate segue acontecendo em todos os municípios, mas o apoio da população é fundamental para que o Estado fique longe desta ameaça.
“É importante que todos mantenham seus quintais limpos, a dengue é uma doença grave que mata, e percebemos que muitos não estão dando, a devida importância, vamos manter nossos quintais longe dos focos e nossa família em segurança”, pede o presidente Rogério Leite.
Uma das ações para o combate à proliferação da doença são os wolbitos, mosquitos da dengue com a Wolbachia, que têm a missão de reduzir os casos de dengue, zika e chikungunya. Na Capital cerca de trinta milhões foram soltos em 33 bairros.
No Brasil, o número de casos também subiu neste ano, foram registrados quase 400 mil casos de dengue, 95% a mais do que em 2021. De acordo com a vice- -presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, existem duas possíveis explicações para o fato.
“A dengue tende a ter um aumento em épocas de chuva e calor, o segundo é que, em decorrência da pandemia mundial que se instalou no país, muitas pessoas ficaram com receio em procurar atendimento médico, por conta disso não foi possível contabilizar de fato todos os casos de dengue dos últimos dois anos”, finalizou.