[Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado de MS]
Coordenadores de campanha argumentam que os adesivos são confeccionados por militantes e amigos
A pré-campanha de postulantes ao governo do Estado já está nas ruas de Campo Grande. Adesivos com os nomes dos pré-candidatos André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel (PSDB), Marquinhos Trad (PSD) já são flagrados em diversos veículos. Os impressos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) são bem mais comuns, e ainda surgem tímidos os adesivos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A assessoria de comunicação de Eduardo Riedel afirma que ainda não há a distribuição de material de pré-campanha pelo PSDB e que os adesivos estão sendo feitos por apoiadores, e a militância do ninho tucano. “São pessoas que apoiam pré-candidatura do Eduardo Riedel.”
Presidente da Juventude Estadual, Italo Gusmão disse que ações efetivas de pré-campanha, como adesivaços, e distribuição, ainda não estão sendo feitas pelo comitê, e que a iniciativa “de colar os símbolos de apoio a Riedel” parte de militantes de diversas cidades do Estado. “Esses movimentos que começaram a fazer é por conta própria, e você pode ver que são vários adesivos diferentes, porque os grupos tiveram essa iniciativa. Cada região de Mato Grosso do Sul, com os apoiadores tucanos, cada grupo e militantes estão trabalhando de uma maneira para divulgar o nome do nosso pré-candidato.”
Italo afirma também que a Juventude do ninho tucano sempre esteve próxima da sociedade carregando a bandeira social: com campanhas de para captação e doações de alimentos, doações de sangue ao Hemosul e captação de cobertores e agasalhos, para distribuição em épocas necessárias às famílias de vulnerabilidade social.
O coordenador de campanha do PSD, Rodrigo Terra, que toca a pré-campanha do ex-prefeito Marquinhos Trad a governador, também disse que não há confecção de adesivos por parte do diretório, e que a iniciativa parte de grupos de apoio.
omunidade mesmo. Na verdade, nós ficamos sabendo que as pessoas se organizaram e mandaram fazer os adesivos. Tem adesivos aqui que a gente nem sabia, alguns empresários até já pediram pra nós,
mas ainda não temos porque é uma ação da comunidade”, disse Rodrigo Terra.
Terra explicou também que, por enquanto, a legislação eleitoral não permite ter na imagem o número do pré-candidato, e quaisquer pedidos de votos. “Pode haver somente a divulgação do nome do pré- -candidato. É importante que os apoiadores saibam disso também. Por enquanto, o que está acontecendo com os adesivos do Marcos é que vários grupos se organizam para fazer.”
Para Terra é um sinal positivo. “É muito interessante para gente. E é importante dizer que isso só começou depois que o Marcos deixou a prefeitura, e assumiu realmente a pré-candidatura.”
Pré-candidata a governador pelo PT, a advogada Giselle Marques disse que o grupo se organiza para confeccionar os primeiros adesivos. A previsão é de que uma primeira remessa de material fique pronta na próxima semana para ação de pré-campanha, dentro do que a legislação permite.
A assessoria de comunicação da pré-candidata deputada Rose Modesto, do União Brasil, também pontuou que o diretório não confeccionou material. “Não fizemos adesivaço, em nenhuma cidade do Estado. Alguns apoiadores fizeram o adesivo e distribuíram nos quatro cantos do Estado.”
A comunicação de Rose enfatizou ainda que frases como “Eu apoio fulano de tal” ou “Estou com fulano de tal” são permitidas. O que não pode é a frase: “Eu voto em fulano de tal”.
Presidente do MDB, o pré-candidato a deputado Junior Mochi afirma que não houve nenhuma ação do partido em referência ao pré-candidato André Puccinelli, e que os impressos estão surgindo de maneira espontânea.
“Muitas pessoas fazem e doam esses adesivos. Até porque o partido não realizou nenhuma ação desse tipo ainda. Vejo como sendo muito espontânea essa atitude. Para se ter uma ideia, muitas vezes ocorre da pessoa confeccionar e deixar no diretório para outros buscarem. Uns fazem de um modelo, outros do outro.”
Para o emedebista, o aparecimento do nome do político nas ruas demonstra o sentimento dos eleitores. “É um sinal muito positivo, pela minha experiência de 20 anos de política, posso dizer com toda a certeza que nunca tinha visto um candidato despertar tanta paixão como o André. Vejo pessoas o abraçando, chorando. É uma campanha de sentimento, da volta, e as pessoas entendem que o retorno dele será melhor para o Estado e para todas as classes sociais”, finalizou Mochi.