Com ocupação de 200% em leitos de UTI pediátricos, infectologista reafirma importância da vacina em crianças

Criança em leito de UTI
Créditos: Pixabay

O destaque do boletim epidemiológico da COVID-19 e Influenza desta quinta-feira (10), é a superlotação das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) do público infantil que está com 200% de ocupação pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Esse número, segundo infectologista só reforça a importância da vacinação nas crianças de todo o Estado.

Ao todo são cinco leitos de UTI disponíveis pelo SUS e a ocupação chegou em 200% sendo 10 pacientes internados com COVID-19.

A superlotação dos referidos leitos chamam a atenção por não ter sido visto durante outros momento da pandemia. Isso mostra que a doença vem atingindo com mais frequência o público infantil, reforçando ainda mais a necessidade da imunização das crianças.

Segundo o infectologista Rodrigo Nascimento Coelho, a vacina em si não evita a infecção, mas há evidências de que quem toma e pega a doença, não tem o quadro agravado, por isso a importância da imunização.” Não existe dúvida que a vacinação evita forma grave da doença, evita a hospitalização, superlotação dos ambientes de saúde e vai salvaguardando a vida daqueles que se infectaram”, comentou.

Rodrigo destaca que a maioria dos internados são pessoas que não se vacinaram, ou tomaram apenas uma dose da vacina. Com isso, como a imunização em crianças é recente e a nova variante atingiu mais o público jovem, há o resultado das superlotações.

“Com a variante ômicron, aumentou o número de crianças infectadas que evoluíram para hospitalização, coisa que não via no início da pandemia, estamos vendo agora, adultos estão protegidos da forma grave e as crianças não”, afirmou.

Retorno das aulas

Com o retorno das aulas públicas da Reme (Rede Municipal de Ensino) para o próximo mês, a secretária da municipal de Educação, Elza Fernandes destacou que o município não tem respaldo legal para cobrar a vacinação uma vez que ela não esta no calendário obrigatório das crianças. “Mesmo assim estamos orientando aos pais que levem seus filhos para vacinar”.

Para o infectologista a saúde pública deveria cobrar com mais veemência a imunização do público de todas as idades. “Além da crescente de casos da COVID em crianças, com o retorno das aulas, mesmo que seguindo todo o protocolo de biossegurança, essas podem acabar se contaminando levando a doença para dentro de casa e infectando uma pessoa mais vulnerável”, alertou.

Vacinômetro

Números do Vacinômetro MS, apontam que 63.402 doses já foram aplicadas em crianças entre 5 a 11 anos, até esta quarta-feira (9), o que representa 21% – do público-alvo estimado em mais de 301 mil crianças que estão aptas a receberem o imunizante.

 

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