Em apenas uma semana, o Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, de São José da Coroa Grande, em Pernambuco, atendeu cerca de 17 pessoas com sinais de intoxicação após terem tido contato com a mancha de óleo que já atingiu os nove estados do Nordeste. O grupo reclamava de fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e do aparecimento de pequenas manchas na pele.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Tarciana Mota, entre os que procuraram atendimento médico, há servidores municipais e voluntários que participaram da limpeza da praia e do Rio Persinunga.
Ainda de acordo com a secretária, nenhuma das 17 pessoas atendidas precisou ser internada, mas a prefeitura pretende acompanhar a evolução do quadro de saúde de todas elas até ficar claro que tipo de componentes químicos há no óleo e quais reações eles podem causar.
“Oficialmente, ainda não sabemos que material é este. Sabemos apenas que é algo tóxico, embora não saibamos o grau de toxicidade”, disse a secretária, lamentando a presença de óleo em trechos litorâneos do município.
No último dia 17, o município pernambucano decretou estado de emergência devido à situação. No decreto, assinado pelo prefeito Jaziel Gonsalves Lages, consta a justificativa de que a maioria dos municípios atingidos por “produto químico de origem desconhecida” não tem capacidade de gerir sozinhos o desastre e promover a melhor ação de resposta.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações de Agência Brasil)