Mato Grosso do Sul está com surto da doença conhecida como “Síndrome mão-pé-boca”, que atinge principalmente crianças com menos de 5 anos. O aumento de casos fez a SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgar uma nota na última quinta-feira (25) para alertar os pais sobre a situação.
A pasta informou que a doença é contagiosa e causada pelo vírus. Coxsackie e Enterovírus. A pessoa infectada apresenta lesões na boca, mãos e pés e os sintomas geralmente aparecem em sete dias. Porém, a transmissão pode ocorrer até um mês após a recuperação.
Segundo a coordenadora estadual de Vigilânca Epidemiológica, Ana Paula Goldfinger, a transmissão ocorre por meio de contato com saliva, muco, fezes ou alimentos contaminados.
“É um vírus que acomete, principalmente, crianças menores de cinco anos. A ‘Síndrome Mão-Pé-Boca’ pode causar febre alta nos dias que antecedem as lesões na boca, amígdalas e faringe, além de bolhas nas plantas dos pés e mãos, nádegas e região genital. Ainda pode ocasionar dor de cabeça, dor de garganta, mal-estar, irritabilidade, vômito, diarreia e até a perda de apetite, bem como, apresentar dificuldade de engolir e muita salivação”, explicou.
Por ser tão contagiosa, a nota traz orientações da coordenadora para os pais de crianças pequenas. “É preciso que os pais fiquem atentos quanto ao comportamento dos filhos. Evite que andem em locais desconhecidos e sem higienização adequada e toquem em corrimãos. Se surgir os sintomas, leve imediatamente para atendimento médico. Após o diagnóstico preciso, o uso de medicamento pode aliviar os sintomas”, explicou.
Cuidados após o diagnóstico
A orientação da gerente técnica estadual de Doenças Agudas e Exantematica, Jakeline Fonseca, é que a criança infectada com a doença deve ficar de repouso e ingerir muito líquido, além de manter uma boa alimentação.
“O recomendável é oferecer a criança alimentos pastosos como purês e mingaus, gelatinas e sorvete, por serem mais fáceis de engolir. Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis e necessárias para a hidratação delas”.
A gerente destacou ainda que para o responsável pelos cuidados da criança, é importante que lave as mãos após o contato com fraldas e lençóis e descartar o lixo bem fechado. No caso de crianças maiores, ela deve ter as mão lavadas sempre. Ao tossir e espirrar, a pessoa infectada deve tapar a boca com um lenço ou o antebraço.
Também é recomendado a higienização de superfície, objetos, principalmente, de brinquedos e maçanetas por onde a criança circula, tanto em casa quanto na escola. Para a limpeza, pode ser usado um pouco de água sanitária diluída em água para fazer a desinfecção do ambiente. Itens pessoais não devem ser compartilhados. (Com assessoria)