Típico prato brasileiro, arroz e feijão têm maior queda de preço

Foto: Prefeitura de Dourados
Foto: Prefeitura de Dourados

Consumidos por muitos, os itens tiveram recuo de até 46% em uma semana, aponta levantamento

Principal alimento da refeição brasileira, o arroz sofreu queda de preço no período de
uma semana, na Capital. A pesquisa realizada pelo jornal O Estado mostra que o produto
chegou a ter redução de quase 46% no intervalo. Além do grão, outros itens seguiram a mesma tendência, como feijão, pão francês, ovos e farinha de trigo.

A maior variação para o arroz foi constatada na rede de supermercados Comper, onde
o preço reduziu R$ 14,26, entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro. Antes, o valor do pacote de cinco quilos custava R$ 31,25, agora, é possível levar o mesmo
produto por R$ 16,99, queda de 45,6%. Em todos os lugares apurados pela reportagem o arroz teve diminuição de preço, como 42,9% (Pires), 34,4% (Atacadão) e 31,0% (Nunes).

Por sua vez, alimento consumido por milhões de pessoas em todo o Brasil, o feijão também apresentou recuo no mesmo espaço de tempo. No Atacadão, a variação foi de
15%. Na semana passada, era vendido a R$ 7,35, e, na pesquisa atual, o custo do feijão
no atacado ficou em R$ 6,25. No Comper, o item também ficou mais barato, em 10,3%.

Além dos alimentos mencionados, o pão francês obteve uma diferença de 35% em seu
preço. Sendo comercializado por menos, o valor do quilo do pão passou de R$ 16,90 para
R$ 10,98 em sete dias, no Supermercado Pires. A redução é acompanhada de seu derivado,
farinha de trigo, que apontou um barateamento de 33% na mesma rede.

Diferença mensal

O levantamento aferiu que o ritmo de redução de preços também se repetiu na comparação com o início de outubro. O destaque fica, novamente, para o arroz, que chegou a cair 43,3%. Na mesma tendência, o pão francês aparece em seguida, com queda de 35%, farinha de trigo, 28,6%, e a dúzia de ovos, 12,9%. Nessa lista, o coxão mole registrou recuo de 15% em um supermercado da Capital, mas permanece em um cenário de estabilidade.

Redução em oito meses

A pesquisa revela ainda que, desde março deste ano, o arroz não se apresentou
em outro cenário senão o de retração em seu preço. As diferenças apuradas são de
-41% (Pires), -39,3% (Comper), -36,7% (Nunes) e -20,8% (Atacadão). Em notável variação para o período, o preço da dúzia de ovos saiu de R$ 17,79 para R$ 6,75.

Segundo a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos), Andreia Ferreira, o fenômeno de queda nos preços do grão ainda foi percebido nos estudos do departamento.

Cesta básica aumentou 13,3% no ano, aponta Dieese

O custo da cesta básica em Campo Grande ficou em R$ 653,40 no mês de outubro, uma variação mensal de 3,58%. O valor da cesta básica para uma família, composta por quatro pessoas, ficou em R$ 1.960,20. No ano a majoração atinge 13,34% e em 12 meses, 25,62%.

Com preço médio de R$ 8,18 o quilo, o produto com retração mais expressiva foi a banana (-7,16%), seguida pelo arroz agulhinha (-3,37%), com preço médio de R$ 4,30 o quilo do cereal.

O produto com maior variação no mês de outubro, em relação ao mês anterior, foi o tomate (32,62%). É a segunda alta consecutiva do fruto, que apresentou preço médio de R$ 6,86 o quilo.

Os outros itens com variação positiva foram batata (21,39%), café em pó (9,81%), açúcar cristal (5,88%), pãozinho francês (3,72%), farinha de trigo (3,04%), leite de caixinha (2,98%), manteiga (2,57%), óleo de soja (2,16%), feijão carioquinha (0,83%) e carne bovina (0,22%). (Rosana Siqueira)

Texto de Felipe Ribeiro

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