Tomate continua sendo o vilão na hora da compra
Apesar da estabilidade registrada nos valores da cesta de alimentos nas últimas semanas, os preços ainda oscilam muito para diversos tipos de produtos comercializados nos supermercados da Capital. Conforme constatado em pesquisa semanal do jornal O Estado, vários itens sofreram altas consideráveis, como o tomate, 70%, e o arroz, quase 18%.
Além das elevações, também foram registradas quedas no período. Um dos maiores destaques foi o preço da dúzia de ovos, que caiu 23,6% em uma semana. A carne, alimento que ficou longe das refeições de muitos brasileiros em razão dos constantes aumentos deste ano, desta vez apareceu com redução de preço vantajosa, de 15%.
Em 8 de outubro, o coxão mole foi encontrado por R$ 39,95 o quilo. Uma semana depois, o valor do corte bovino caiu para R$ 33,95. A dúzia de ovos, que antes custava R$ 6,79, nesta semana pode ser comprada por R$ 5,19. Em relação ao levantamento feito há um mês, o pacote de 500 g de macarrão valia R$ 3,69 e, agora, R$ 2,99, redução de quase 20% no intervalo.
Embora tenha sido observado recuo nestes itens, o ritmo ascendente da inflação no país impacta negativamente nos preços dos alimentos. Com a maior variação apurada nesta semana, o quilo do tomate era vendido a R$ 4,99 há sete dias. Agora, o produto não sai por menos de R$ 8,49, o que corresponde a um aumento maior do que o registrado sobre setembro, de 54,6%. Em relação ao mês passado, as pesquisas revelam que a tendência de crescimento dos preços permaneceu. Um dos setores que mais pesam nesse cenário é o hortifrutigranjeiro.
A maior diferença do quilo da batata, em comparação com setembro, foi de 43%. O legume subiu de preço em todos os estabelecimentos visitados. Além disso, frango congelado e cebola também marcaram variações positivas no período. Há um mês, um quilo da ave custava R$ 9,79 e, nesta semana, o valor subiu para R$ 13,98, aumento de 42,8%. Já a cebola, que era encontrada custando menos de um real, agora está cotada a R$ 1,40 o quilo.
Acumulado
O aumento apurado no período acumulado de sete meses demonstra a maior alta encontrada para um alimento até o momento. Em março, o tomate podia ser comprado por um preço de R$ 1,98. Nesta semana, a pesquisa registrou um valor de R$ 8,49 para cada quilo do fruto. A cifra representa um custo quatro vezes maior que no início do ano, ou 328,8% mais caro. Os números mostram que o tomate foi um dos itens que mais pesaram no orçamento. (Texto: Felipe Ribeiro)