PEC do Voto Impresso foi sepultada? O Estado Play, por meio do radialista e jornalista, João Flores, respondeu esta pergunta ao entrevistar dois deputados, um federal e um estadual, nesta quarta-feira (11). Eles não concordam entre si quando o assunto foi transparência da urna eletrônica.
Desta forma, quem começou a falar sobre o assunto foi o deputado estadual, Capitão Contar (PSL). Para ela foi perdida uma batalha, não uma guerra. “O nosso país passa por diversas transformações e acredito que estamos indo no caminho certo. Quando perdemos por clamor popular nos ensina muito. Por exemplo, observar como funciona o Parlamento brasileiro. Por isso, é importante votar bem não só para presidente, mas também para senador, deputados estaduais e federais”, avalia.
Portanto, o parlamentar governista acredita que o Congresso funciona de uma forma harmônica e é preciso que haja esse entendimento, esse equilíbrio para que as propostas que são apresentadas e apoiadas pela população possam prosperar.
derrota
Assim, a batalha perdida foi sentida da seguinte forma. “Então, esta derrota para nós que apoiamos o voto impresso, para mim é um retrocesso na questão da transparência pública. Principalmente, quando se trata de um assunto tão importante quanto a eleição em um país. Assim, nós observamos a mídia deturpando o projeto do voto impresso. Já estavam falando que a gente já ia sair com o comprovante na mão e isso não é verdade. Nós queremos transparência na urna eletrônica”, explicou.
Em seguida emendou a justificativa. “Haja visto que aconteceram vários episódios nas eleições de 2020 e 2018 onde houve falhas na computação dos votos de algumas pessoas que conseguiram registrar isso. Então, é um sistema confiável? Dizem que é! Mas porque não ter mais transparência? porque não podermos ter a oportunidade de auditar este voto, de poder contar manualmente e publicamente este voto?”, questionou.
Por fim, não admitiu o resultado. “É que infelizmente a maioria dos deputados ontem votou à favor, mas não houve quórum suficiente para aprovar a PEC, que no caso era de 308 deputados”, finalizou.
Urna confiável
Já o deputado federal, Fábio Trad (PSD) tem uma posição contrária. Para ele, o fato é que a PEC do Voto Impresso foi rejeitada porque a maioria dos deputados entendeu que a urna eletrônica é auditável sim por partidos políticos, por eleitores até 100 dias após as eleições e não houve até hoje (nos 25 anos de regular funcionamento das urnas eletrônicas) nenhuma comprovação de fraude atestada pela justiça eleitoral.
Além disso, Trad afirma que o Tribunal de Contas da União, por meio dos seus técnicos, fez rigorosa análise e também testou a credibilidade do sistema. Além, disso, segundo Trad, a Perícia Criminal Federal vinculada à Polícia Federal do Brasil também chegou à mesma conclusão.
Por isso, para o parlamentar só há uma possibilidade. “Então, não há razão para desconfiar de um sistema que vem dando certo”, pontuou. Porém, há uma hipótese de vulnerabilidade do sistema da urna eletrônica. “Que é impossível de ocorrer. É quando os atacantes do sistema, presencialmente, entram no local da votação na frente dos mesários, na frente dos eleitores que estão na fila, e consiguem ultrapassar 20 barreiras físicas e digitais de proteção”, avaliou.
sepultado?
Assim, para Fábio Trad, isto é algo realmente inconcebível. “E, por isso, nunca aconteceu fraude. Então não há nenhuma razão (para mudar o sistema de votação) e por isso o parlamento entendeu que o Brasil tem que se orgulhar do voto feito pela urna eletrônica”, concluiu.
Para o parlamentar o assunto só não estará sepultado se o presidente da República Jair Bolsonaro voltar a tratar do assunto e, conforme Fábio Trad, desgastar a imagem da Justiça Eleitoral, a ofender os ministros e procurando tirar credibilidade do sistema público de Justiça. “Caso contrário está sepultado e vamos às eleições de 2022 votando da mesma forma que o presidente e seus filhos foram eleitos nos últimos 25 anos: pela urna eletrônica”
ENTÃO, VEJA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA E DIGA SE ACREDITA SE A “PEC do Voto Impresso foi sepultada?”
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