Recordes caem e geram debates sobre novos tênis no atletismo

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Tecnologia de carbono dos calçados vira polêmica na Olimpíada

Enquanto os recordes do atletismo continuam a ser pulverizados na Olimpíada, adulação e incredulidade diante de exemplos tão extremos do esforço humano estão dando lugar a uma reflexão mais sóbria agora que fãs e analistas tentam quantificar o impacto da tecnologia de carbono dos calçados e da pista do Estádio Nacional de Tóquio.

Atletas de provas de longas distâncias passaram os últimos anos insistindo que seu treinamento e dedicação, e não os calçados com placas de carbono e de solas grossas, que são os fatores essenciais em uma série de recordes notáveis, e agora é a vez os atletas das provas mais curtas.

Como frações antes inimagináveis são eliminadas de marcas que permaneceram durante décadas, existe até uma espécie de guerra civil entre os principais protagonistas quanto a quais calçados “aprimoradores de desempenho” são os mais justos.

As provas de 400 metros com barreiras em Tóquio nesta semana dão o indício mais dramático de que “algo estranho está acontecendo”.

O recorde de 46,78 segundos de Kevin Young durou 29 anos até Karsten Warholm o diminuir no mês passado, e na segunda-feira, ele registrou espantosos 45,94 segundos. Rai Benjamin também ficou meio segundo abaixo do antigo recorde, enquanto seis dos sete primeiros estabeleceram recordes nacionais e continentais.

No dia seguinte, na prova feminina, a dupla norte-americana formada por Sydney McLaughlin e Dalilah Muhammad eliminou o recorde estabelecido por McLaughlin poucas semanas atrás, enquanto dezenas de outros atletas estabeleceram recordes nacionais em todas as provas de velocidade.

(Agência Brasil)

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