A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul realizou na manhã desta quinta-feira (5), a “Operação Magia Negra”, com o objetivo de prender os envolvidos na morte de uma criança, de 9 meses, em um ritual espiritual em aldeia indígena, em fevereiro deste ano em Miranda – 194 quilômetros de Campo Grande.
A investigação concluiu que a criança foi submetida a procedimentos espirituais durante 4 dias seguidos, num local chamado “santuário”, onde existiam a presença de diversas imagens de entidades religiosas. Foram presos os pais da criança e os dois ”curandeiros”.
Entenda o caso
Em fevereiro de 2021, uma criança indígena, tinha dado entrada no Hospital Regional já em óbito. A criança apresentava diversas lesões e queimaduras pelo corpo, todas circuladas com uma tinta vermelha e cobertas por uma espécie de pó preto e possuía um terço com cruz de maneira envolto em seu pescoço.
A partir disto, o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil Municipal concluiu que a criança foi levada morta ao hospital pelos pais e outros parentes, que alegaram apenas que o bebê estava com “sapinho”. A mãe chegou ao hospital dissimulando que a criança ainda estava viva.
No entanto, no momento da triagem, a enfermeira constatou que a criança estava em óbito há pelo menos 40 minutos. Os funcionários e médicos do hospital informaram que não existia nenhum indício de “sapinho” na criança.
O laudo necroscópico concluiu que a criança faleceu de septicemia (infecção generalizada), provavelmente decorrente da lesão na inguinal. Após aprofundamento nas investigações, os genitores confessaram que levaram seu filho de 9 meses a uma dupla de curandeiros locais.
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(Com informações do repórter Itamar Buzzatta)