O presidente Jair Bolsonaro afirmou segunda-feira (19) em entrevista à TV Brasil que irá vetar o novo fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, incluído na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022. “É uma cifra enorme, que no meu entender, está sendo desperdiçada”, afirmou. “Posso adiantar que não será sancionada”.
O texto do relator, deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), aumentou o valor do fundo de R$ 1,7 bilhão para R$ 5,7 bilhões. Tanto o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) quanto o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) votaram a favor da matéria.
Em entrevista coletiva na saída do hospital no domingo (18), o presidente da República, Jair Bolsonaro tratou pela primeira vez da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso Nacional, que ampliou para R$ 5,7 bilhões a previsão do fundo eleitoral em 2022.
Segundo o presidente, a aprovação foi de responsabilidade do vice-presidente da Câmara. “O responsável por aprovar isso aí e o Marcelo Ramos (PL), lá do Amazonas, o presidente”, disse, referindo-se ao fato de que Marcelo Ramos presidiu a sessão que votou a LDO que viabilizou um fundão ainda maior. “Ele que fez isso tudo, porque se tivesse destacado, talvez o resultado tinha sido diferente. Então cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos”.
Em outro momento, Bolsonaro disse que Marcelo Ramos atropelou, ignorou, passou por cima e não votou o destaque que poderia impedir o fundão. “Pelo amor de deus o estado do Amazonas ter um parlamentar como este”.
O texto do ‘fundão’, aprovado na Câmara por 278 votos a favor, 145 votos contra e uma abstenção, teve o referendo de deputados da base governista. Para o presidente, a culpa não é deles. “Teve a votação da LDO, que interessava ao governo. Em um projeto enorme, alguém botou essa casca de banana, ou esta jabuticaba”, buscou justificar.
(Com informações Uol Notícias)