O lago do Balneário Atlântico ainda segue, praticamente, seco, em Campo Grande, isso porque, segundo um dos proprietários, Wilton Recardes, durante as obras foi descoberto que todos que moram no entorno do lago estavam jogando esgoto no local. “Esse foi o levantamento feito pelo engenheiro ambiental, de que todos no entorno da represa estavam jogando esgoto”, explicou.
Uma equipe da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) esteve no local após a denúncia e, conforme a pasta, no laudo de vistoria emitido não há sinais de lançamento de esgoto e/ou águas servidas na barragem.
“Não foram vistos dispositivos de lançamento. Sendo possível visualizar área úmida em razão do afloramento do lençol na parte mais interna da barragem, com coloração mais escura devido ao solo, não havia odor ou outros indicativos de lançamento de esgoto no local”, dizia trecho da nota. Inclusive, além do esgoto, ainda conforme o proprietário, a Semadur também foi acionada, para verificar a invasão por parte dos moradores a uma APP (Área de Preservação Permanente).
A pasta confirmou que a fiscalização esteve no local e notificou proprietários por Intervenção em APP, e que foi dado prazo para apresentação das informações pelos proprietários.
“Agora para voltar a encher o lago estamos aguardando as pessoas que invadiram a Área de Preservação Permanente tirarem os canos de esgoto que estava sendo jogado na represa e aceitar nossas condições de uso do local. Queremos reabastecer o lago o mais rápido possível”, explicou Wilton.
Vale ressaltar que, durante a estiagem no ano passado, começando no mês de setembro, milhares de moradores da Capital utilizaram água do lago do Atlântico para o consumo diário.
Essa foi a solução encontrada pela concessionária Águas Guariroba para não deixar parte da população desabastecida. Captavam água do balneário e faziam o transporte até as estações de tratamento por meio de caminhões-pipa. Inclusive esta foi a terceira vez que uma equipe da Semadur esteve no local.
Texto: Rafaela Alves