Vendas de marmitex crescem na Capital com ajuda de aplicativos

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Pandemia ajuda a explicar o aumento da demanda de pedidos on-line

Os serviços de entrega de marmitex por meio de aplicativos estão ganhando mais espaço na Capital. Desde quando chegou à cidade, o delivery é a preferência de muitos campo-grandenses. Do início do ano até maio, as vendas de marmitex nas plataformas subiram 25%. Um dos motivos que podem explicar o crescimento está relacionado à crise sanitária que o mundo vivencia.

Em alguns restaurantes de Campo Grande, o aumento no número de marmitex vendidas, de modo geral, já é perceptível. Sócio da Eskina do Frango, Junior Lombo compartilha o desempenho dos últimos dois meses. “Aqui, a gente percebeu que as porções tiveram queda e oscilaram muito também. Mas, desde março, as vendas de marmitex subiram 15%. Uma das causas é o momento que estamos passando, a pandemia”, comentou.

Junior explica que a maior demanda é oriunda dos aplicativos e que, na atual circunstância, é difícil prever quando o resultado será bom. “Pela plataforma, houve um aumento de aproximadamente 10%. Já no balcão, esse número é de 5%. Quando há um relaxamento nas medidas de restrição, a procura aqui na loja é maior. Sem o cenário de pandemia, a gente conseguia projetar o mês que seria bom ou não. Agora, não temos mais esse norte”, relatou.

Com receio de contaminação, muitos usuários optam por fazer os pedidos à distância, na tela do próprio celular. O horário do dia com o maior volume de solicitações é o do almoço. Cristiano Parmezan, gerente do restaurante Canto do Cupim, avalia que por lá o maior movimento decorre dos motoentregadores.

“Deu uma melhorada, mas nada muito gritante. O consumo por marmitex aqui aumentou cerca de 15% a 20%. Das vendas totais, a demanda por aplicativo corresponde até 70%”, afirmou Parmezan, que também revelou os desafios das vendas à noite. O gerente disse que, no horário da janta, o faturamento despencou e chegou a ter redução de 90%.

E há quem consuma um número significativo de refeições no mês. “Eu peço comida por mais de 15 vezes no mês. Uso bastante para almoço e janta. E geralmente pago R$ 25 por entrega”, diz Henrique dos Santos, usuário de aplicativos de entrega, que gasta mais de R$ 375 por mês com comida de delivery.

Fundado há 40 anos, o restaurante Feijão Preto entrou nos aplicativos no fim de 2019. A ideia, na época, era ampliar as vendas, já que muitos consumidores estavam recorrendo à compra on-line.

Com a pandemia, a presença digital garantiu que o restaurante não parasse, mesmo nos momentos em que o funcionamento do setor ficou restrito. “Quando fechou tudo, continuamos atendendo no delivery. Não ficamos um dia sem trabalhar graças às entregas”, afirma a proprietária do restaurante, Jussara Neto Pereira.

A empresária conta que, hoje, as vendas por meio do iFood já correspondem a 60% do total, que inclui o buffet no salão do restaurante, por exemplo. “Quando começou a pandemia, agilizamos entregador próprio, fizemos contrato de exclusividade com o iFood para vendermos mais”, relembra.

Prato predileto 

Segundo dados da 99Food, o aplicativo da empresa constatou que, desde janeiro, o sashimi é o prato mais solicitado na plataforma. O crescimento no período mais que dobrou, registrando aumento de 172% nos pedidos da iguaria. O resultado revela que a comida japonesa é a preferida dos usuários da marca em Campo Grande.

(Felipe Ribeiro e Patricia Belarmino)

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