Só 33,9% das redes de ensino têm protocolos definidos, diz pesquisa
Boa parte das escolas públicas municipais já iniciou ou deverá iniciar o ano letivo de 2021 de forma remota ou híbrida, embora a dificuldade para ter acesso à internet e a falta de infraestrutura escolar sejam considerados os maiores desafios para o segundo modelo de ensino, que mescla o ensino com virtual.
A União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Itaú Social, divulgou uma pesquisa nesta quarta-feira (10), em que aponta dados mais recentes sobre a educação no contexto pandêmico.
Em fevereiro, por exemplo, a pesquisa mostra que a maioria (59,6%) ainda estava discutindo as medidas que serão adotadas e 6,5% não tinham iniciado esse processo. Conforme a pesquisa, 33,9% das redes de ensino definiram os protocolos de segurança sanitária que irão seguir. Já os protocolos pedagógicos para a volta às aulas presenciais estão sendo discutidos por 70,4% das redes.
Para Marcelo Ferreira da Costa, vice-presidente da Undime, apesar das realidades locais distintas, é preciso um esforço conjunto (federal, estadual e municipal) para que as crianças e os adolescentes tenham acesso à educação. Ele reforça, ainda, a importância da imunização dos docentes.
“Se achamos que é tão importante que a escola volte e se damos a importância que dizemos, tínhamos que investir no processo de vacinação. É preciso trazer os professores mais para frente, senão não conseguiremos garantir a segurança para conseguirmos voltar”, defende Marcelo Costa.
O acesso à internet aparece como grau de dificuldade de médio a alto para 78,6% das redes que responderam à pesquisa. Quase a totalidade dos municípios (95,3%) declarou que as atividades não presenciais de 2020 foram concentradas em materiais impressos e orientações por WhatsApp. No ano passado, 43% das redes municipais apontavam os materiais impressos como parte da estratégia.
O estudo ouviu 3.672 dos 5.570 municípios brasileiros. Neles, as aulas estão sendo retomadas, na maior parte dos casos, até este mês. Segundo a pesquisa, as redes municipais concentram a maior parte das matrículas das creches, pré-escolas e ensino fundamental públicos.
*Com informações da Agência Brasil