Casa do Artesão tem opções para quem quer levar um pouco de MS para dentro de casa
A troca de presentes natalinos é um costume antigo, mas já pensou em dar presentes e valorizar a cultura de Mato Grosso do Sul? No centro de Campo Grande, a Casa do Artesão conta com uma variedade de peças que podem se tornar ótimas opções de presentes e ainda ajudar a valorizar o trabalho de artistas da região.
De acordo com a servidora que cuida do espaço, Ester Alves, mais de 350 artistas expõem suas peças de forma gratuita por lá. Porém, mesmo com todo o trabalho para aumentar a visibilidade da classe, ainda falta a participação da população.
Hoje, quem mais faz compras na Casa do Artesão são turistas, que buscam por peças regionais para levar como presentes após uma viagem. Então, aquelas peças que representam a fauna e a flora pantaneiras, como araras e a onça pintada, normalmente são as mais procuradas. No entanto, existe uma variedade grande de peças à venda.
“É preciso uma maior valorização da Casa. Quando se trata de turistas, o primeiro lugar que eles vêm é aqui, mas existem campo-grandenses que não sabem da existência e ficam surpresos quando chegam e encontram uma diversidade de obras tão grande”, pontuou.
À venda, existem peças que variam de acordo com gosto e preço. São peças decorativas, religiosas, e que representam a cultura indígena das etnias terena e kadiwéu. Os kadiwéus, por meio da arte em cerâmica repassada entre gerações, expõem o grafismo com característica mais expressiva. Já os terenas têm como característica o avermelhado polido e o grafismo, que variam entre heranças deixadas por seus antecedentes e expressões criadas pelos artesãos.
Os valores variam de R$ 5,50 (uma colher de madeira) a R$ 1,8 mil, valor de um dos bugrinhos da Conceição, que foi uma das primeiras artesãs do Estado. Após a morte dela, em 1984, o neto passou a produzir e dar continuidade ao trabalho.
“Essa é uma das peças de maior representatividade para o Estado. Muita gente que vem de fora já conhece a história de Conceição e alguns até estranham a forma como é chamado, por achar que é algo pejorativo, mas não. É apenas a forma como Conceição batizou sua arte, aquele índio mestiço que existe em diversos cantos do país”, revelou Ester.
(Confira mais na página C1 da versão digital do jornal O Estado)