Mesmo na pandemia, empresárias demitem menos

Mais de 42% dos empreendimentos do Estado são liderados por mulheres, e foram justamente elas que conseguiram, por meio da tecnologia, demitir menos que os homens (-3 p.p.). Pelo menos é o que mostra a 4ª edição da pesquisa Impactos da COVID-19, realizada pelo Sebrae-MS e pelo IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento) da Fecomércio. Mesmo assim, quando se analisam as perspectivas para os próximos meses, é possível identificar que, enquanto as lideranças masculinas estão mais confiantes numa melhora do comércio no fim do ano (+11 p.p.), as lideranças femininas apresentam maior nível de medo, em função do coronavírus (39%), na comparação com os empresários (21%).

O estudo pontuou ainda que as mulheres demitiram menos, mas tiveram de adotar alguma modalidade de redução de jornadas e salário (+12 p.p.), na comparação com os homens. A cautela também se viu refletida no que diz respeito às expectativas de contratação nos próximos meses, quando apenas 20% pretendem admitir novos funcionários, perante os 24% apontados pelos empresários. Mesmo com tal intenção, uma das tendências que devem permanecer entre as empresárias é a utilização de plataformas on-line, que já foram adotadas por 39% das empresárias, e pelo menos 90% delas esperam manter tais meios de atendimento no pós-pandemia.

Segundo Daniela Dias, economista do IPF-MS, alguns setores contribuíram para a melhora dos resultados registrados até o momento, principalmente nas empresas prestadores de serviços e no comércio de bens duráveis.

 

(Texto: Michelly Perez) 

 

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