Após obras do Reviva e reflexos da pandemia, imóveis vazios na 14 de Julho estão com os dias contados

Valorização dos imóveis teve atraso na região por conta da pandemia, mas perspectivas são positivas

A pandemia esfriou a meta de valorização do mercado imobiliário da 14 de Julho em até 80% após a revitalização da rua mais valiosa da cidade, em termos de imóveis comerciais. No entanto, empresários e sindicatos do setor apostam que neste ano o cenário deve ter melhoras. 

De acordo com matérias do jornal O Estado, publicadas no fim de 2019 e nos primeiros meses de 2020, com a entrega das obras de revitalização da 14 de Julho, a expectativa era de que os imóveis tivessem uma valorização de até 80%, o que provocaria altas de pelo menos 50% nos reajustes de aluguéis. Mesmo assim, o setor esperava que, por meio de acordos e do maior volume de vendas, conseguisse reduzir o número de imóveis fechados. Contudo, a equipe de reportagem retornou ao local nesta semana e contabilizou que, pelo menos, 34 imóveis seguem com suas placas de “vende-se” ou “aluga-se”, mas, para especialistas, tal cenário tende a mudar nos próximos meses. 

Segundo João Araújo, presidente do Sindimóveis (Sindicato dos Corretores de Imóveis), mesmo com os reflexos provocados pela pandemia do novo coronavírus e os prejuízos acumulados após as obras de revitalização, a 14 de Julho segue sendo o local “mais cobiçado” por aqueles que querem investir no comércio.

“A valorização dos imóveis foi muito grande. Após o Reviva a região obteve muitos elogios e agora teremos a continuação das obras no quadrilátero. A rua mais valiosa da Capital é a 14 de Julho entre Afonso Pena e Dom Aquino. Se temos imóveis fechados é exatamente por conta da pandemia, uma vez, que ele precisa investir, contratar funcionários e até mesmo, a redução dos horários de funcionamento. Hoje para um empresário fazer um investimento como este, ele analisa todo o contexto, não é por que está caro, alugamos muitas lojas”, explicou. 

Da perspectiva dos corretores de imóveis, João Araújo pontua ainda que a prefeitura está investindo em melhorar o tráfego dos consumidores na região, e isso vai aumentar a demanda por serviços na região. Com isso, a tendência e expectativa é de que, nos próximos meses, as lojas estejam habitadas. Ele destacou ainda que o mercado imobiliário continua aquecido e que o setor vivenciou um “Ciclo de Transformação”. 

“Como corretor de imóveis vemos que a maioria dos proprietários da região, são pessoas mais velhas e em um período de grandes emergências até mesmo por questões de saúde, eles têm que vender, e com a valorização da região não o fazem de forma barata. Porém, vemos ainda, que os imóveis estão em valores reais, tanto para venda, quanto para locação e por isso, acreditamos que a região será a de maior expansão nos próximos meses”, comemorou.

(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal O Estado)

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