A todo vapor

Cineasta Filipi Silveira se prepara para exibição de documentário sobre Carnaval, produção do primeiro longa e videoart sobre Manoel de Barros

A pandemia do novo coronavírus pode ter paralisado muitos projetos, acabado com alguns sonhos e adiado outros. Mas a vida do cineasta, roteirista, diretor, produtor e ator Filipi Silveira está bem longe de ter sido paralisada por tudo que está acontecendo no mundo. 

Além de se preparar para exibir o documentário sobre a história do carnaval campo-grandense, o “Ano que Vem Tem Mais”, ele já começou os trabalhos de produção do primeiro longa da carreira, “Até o Fim”. Em paralelo a tudo isso, Silveira produziu e executou um videoart, estrelado por ele mesmo, sobre o poema “Retrato do Artista quando Coisa”, do poeta Manoel de Barros. O vídeo será exibido na próxima sextafeira (22), no perfil do Instagram @ pratasdacasams. 

“Ano que Vem Tem Mais”, com direção de Filipi Silveira e Marinete Pinheiro, será exibido no Carnaval e é um ato de resistência artística. “Apesar da pandemia, me envolvi em diversos projetos paralelos. O documentário é um ato de comemoração para não passar despercebido o Carnaval. Será exibido em fevereiro. Fomos contratados para fazer um documentário que conta a história do carnaval aqui de Campo Grande. É um média-metragem”, conta. 

O cineasta e idealizar da produtora audiovisual Cerrado’s Filmes conta que o processo de produção foi um desafio, justamente por conta da pandemia que eclodiu em março, logo após o Carnaval. “Como vamos falar de passado sem entrevistar as pessoas das épocas antigas que ainda estão entre nós? Quem disse que os filhos deixaram, os netos e tudo mais? Começamos em fevereiro e março e só entregamos oito meses depois, para ter uma noção da dificuldade”, revelou. 

“Até o Fim” 

Mas as dificuldades foram só mais um fator encontrado ao longo dos 26 anos de experiência com o audiovisual. Foi a experiência acumulada ao longo da carreira que levou Filipi a pensar no tão sonhado primeiro longa. O filme é o hastear de várias bandeiras tão evidenciadas pela própria pandemia, mas já vinha de um roteiro de 2017. Nestes quatro anos, Filipi amadureceu o material e espera pela vacina para a produção 

começar de fato. A expectativa é de começar em abril e ter patrocínio da iniciativa privada. Segundo o cineasta, mesmo com a conquista de incentivo público, por meio do FMIC e do FIC, por exemplo, a produção gera muitos custos, mas também empregos. A obra cinematográfica terá toda a produção, direção e elenco de Mato Grosso do Sul.

(Confira mais na página C1 da versão digital do jornal O Estado)

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