Clínicas particulares terão de monitorar imunizados

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma nota técnica em que orienta o acompanhamento dos efeitos em quem se vacinar contra a COVID-19 pelas clínicas particulares. A publicação foi feita ontem (6) e vale para qualquer tipo de vacina. A nota técnica surge na mesma semana em que a ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas) confirmou a negociação para comprar um imunizante produzido na Índia.

Conforme o texto da agência, “as autoridades sanitárias e os serviços de saúde devem prezar pelo monitoramento destes medicamentos para verificar a sua segurança e efetividade, principalmente no que tange a vacinas, as quais têm o potencial de serem utilizadas em larga escala para a imunização de toda a população brasileira”.

Entre as orientações ainda, a Anvisa frisa que todos os estabelecimentos devem criar um NSP (Núcleo de Segurança do Paciente) para cumprir a legislação e acompanhar os vacinados para monitorar quaisquer incidentes e efeitos adversos após a vacinação.

É orientado ainda que “a notificação dos eventos adversos deve ser realizada mensalmente, até o 15º (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa, sendo que os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 (setenta e duas) horas a partir do ocorrido”.

Todas as informações devem ser inseridas num sistema chamado VigiMed. A Anvisa orienta ainda que as vigilâncias sanitárias locais fiscalizem se as clínicas privadas estão cadastradas e alimentando o sistema.

Compra

A ABCVAC (Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas) representa 70% do setor privado e busca comprar 5 milhões de doses da Covaxin, produzida pela Bharat Biotech, da Índia. O imunizante ainda não tem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser distribuído no Brasil.

Em entrevista ao jornal O Estado publicado na última terça-feira (5), os representantes das clínicas da Capital Imunitá e Vaccini afirmaram que têm interesse em adquirir a vacina indiana desde que seja liberada pela Anvisa, com comprovação de segurança e eficácia.

(Texto: Raiane Carneiro)

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