Com segunda onda, procura por vitamina D dispara novamente

Mato Grosso do Sul está passando pela segunda onda da pandemia da COVID-19, com crescimento no número de casos desde o final do mês de outubro. Com isso, a procura por vitamina D disparou novamente nas farmácias, assim como da vitamina C e o zinco. O risco é com a automedicação, tendo em vista que esses medicamentos podem ser comprados sem receita médica.

Na Attive Pharma, segundo a diretora Flávia Buainain, a procura pelo medicamento na farmácia neste mês cresceu em 50%. “Assim como a procura pela testagem, a compra da vitamina D também aumentou e muito, com aumento dos casos, principalmente das doses mais altas”, afirmou.

Na rede de farmácias Freire também foi registrado o aumento pela compra da vitamina D nas últimas semanas, conforme a farmacêutica e sócia Patrícia Patrícia Nolasco Freire. “Ainda não dá para comparar com o início da pandemia, mas com essa segunda onda, as pessoas já voltaram a comprar esses medicamentos visando aumentar a imunidade”, disse.

E por ser um medicamento que não necessita de receita médica, a farmacêutica Daniely Proença, da Comissão de Farmácia Clínica do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), alerta para o risco da automedicação. Segundo ela, a pessoa pode apresentar hipercalcemia, nível elevado de cálcio no sangue, caso faça o uso em excesso da vitamina D. A farmacêutica afirmou ainda que a dose diária de suplementação não deve passar dos 400 ui (unidades internacionais).

“O excesso da vitamina D aumenta a capitação intestinal desse cálcio que é liberada, ela tem uma reabsorção tubular renal e reabsorção óssea, então tudo isso acarreta em agravamento no futuro, como a hipercalcemia, que causa alguns sintomas como vômito, náuseas, fraqueza, anorexia e a insuficiência renal”, explicou.

Segundo Daniely, muitas pessoas têm procurado a ajuda de farmacêuticos para aumentar a imunidade diante da subida de casos da COVID. “No meu consultório mesmo, já não tenho mas horário para as próximas duas semanas. E grande parte dos pacientes estão em busca de complexos vitamínicos que ajudem a ter uma boa imunidade”, assegurou.

Município

A vitamina D é dos medicamentos que compõe o “kit COVID”, além da ivermectina, hidroxicloroquina, azitromicina e zinco. Na última sexta-feira (4), a prefeitura de Campo Grande divulgou no Diário Oficial que haverá no próximo dia 11 de dezembro um registro de preço do medicamento para eventual aquisição.

Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), a vitamina D já faz parte dos medicamento adquiridos para atender a rede municipal e que se houver a compra da medicação, será também para atender a demanda da COVID.

Vale ressaltar que em julho, a prefeitura publicou um despacho de compra de 100 mil comprimidos de azitromicina, 180 mil comprimidos de ivermectina, 120 de hidroxicloroquina, 840 mil de zinco e 20 mil de vitamina no valor total de R$ 863 mil.

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