Assassina de chargista contou com a ajuda do filho no crime

A massagista Clarice Silvestre, de 44 anos, suspeita de matar o chargista Marco Antônio Rosa Borges, de 54 anos, contou com a ajuda do filho, um auxiliar de pedreiro, de 21 anos, para esquartejar e queimar o corpo da vítima no sábado (21), em Campo Grande. Ele confessou o crime.

Segundo informações apuradas pelo O Estado Online, no dia do crime, o homem recebeu uma ligação da mãe dizendo que precisava de ajuda, ele disse estar ocupado naquele momento, mas no fim da tarde foi até o local. Quando chegou na casa da mãe já encontrou Marcos morto.

A mulher havia deixado tudo preparado para ocultar o crime, comprou sacos de lixo, luvas, água sanitária, preparou três malas onde ficaria o corpo e convenceu o filho a esquartejar Marco. Em seguida, eles foram até a casa do auxiliar de pedreiro e, por volta das 3 horas da madrugada, levaram as malas até um terreno baldio, no Bairro Jardim Corcovado, a cerca de 40 metros de distância da residência dele. Ainda conforme o que foi levantado pela reportagem, o homem colocou fogo no corpo.

O auxiliar de pedreiro foi liberado após prestar depoimento por não haver flagrante. Ele teria passagem pela polícia por homicídio cometido em 2015.

Na manhã desta quarta-feira (25), a polícia realizou buscas nas casas dos dois filhos da mulher, no Bairro Coophavila. Na casa de um deles, a esposa afirmou que os policiais não encontraram nada e que o marido tinha sido levado à delegacia para depor, assim como o outro filho, que mora em outra rua do bairro. A mulher de 18 anos falou ainda que só conhecia o chargista por foto e por ouvir Clarice falar dele.

Segundo os moradores do Coophavilla II, a família mora há muito tempo no bairro e são bastante conhecidos. “Eles já moraram em diversas casas aqui no bairro, conheço os filhos e ela. Fiquei horrorizada quando me contaram o que ela fez”, assegurou uma moradora que não quis se identificar.

Mulher teria matado chargista por ciúmes

Conforme informações repassadas para O Estado Online, a discussão que resultou na morte de Marco Antônio foi motivada por uma foto postada pelo chargista nas redes sociais. Na noite anterior ao crime, ele teria tirado uma foto ao lado de uma mulher. Clarice não gostou, principalmente, porque o homem não queria assumir o relacionamento com ela que já durava nove meses.

Marcos não queria assumir o namoro porque não aprovava a profissão de Clarice e essa discussão persistia por algum tempo. Por conta disso, ele teria xingado a mulher e deu um tapa no rosto dela. Muito nervosa, Clarice empurrou o chargista da escada da casa dela, pegou uma faca na cozinha e desferiu dois golpes nele.

Clarice foi presa na terça-feira (24) e hoje, na parte da manhã, passou por audiência de custódia no Fórum. Ela se apresentou à polícia em São Gabriel do Oeste, 140 quilômetros da Capital, e confessou o crime. A mulher está detida temporariamente na 2ª Delegacia de Polícia.

Desaparecido

O chargista Marco Antônio estava desaparecido desde o último sábado (21) quando saiu para ir à casa de Clarice. A última vez que ele foi visto estava no cruzamento das ruas Padre João Crippa e Antonina de Castro Farias, no Monte Castelo. Segundo informações era comum o hábito do chargista ir a sessão de massagem, mas ele não retornou.

(Texto: Rafaela Alves e Mariana Ostemberg)

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