Grupos ligados ao movimento negro na Capital protestaram, na tarde desta sexta-feira (20), em frente a loja do Carrefour no Shopping Campo Grande. Com gritos de “Queremos justiça”, o ato “Vidas Negras Importam: Justiça por Beto” ocorre após um homem ter sido assassinado por seguranças do supermercado na cidade de Porto Alegre (RS). A vítima, identificada como João Alberto Silveira Freitas, foi espancada pelos dois suspeitos e não resistiu.
O protesto em Campo Grande ocorre em um dia simbólico já que hoje é comemorado no país o Dia da Consciência Negra. A presidente do Grupo de Trabalho e Estudo Zumbi de Mato Grosso do Sul (TEZ), Bartolina Ramalho, 58 anos, uma das organizadoras da manifestação, comenta sobre o caso que terminou na morte de João Alberto. “A gente tem que fazer com que essa indignação fique presente na sociedade, as pessoas não podem ver a notícia e acharem que é normal”, afirma.
Uma das participantes no ato, a professora de História, Iara Fernanda, 25, ficou sabendo do protesto através das redes sociais. De acordo com a participante, a morte de João Alberto é apenas mais uma das várias que acontecem no país. “Todo dia a gente se revolta porque não foi só ele, todo dia vários negros morrem, é triste, é revoltante. Acaba sendo normal pessoas negras morrendo todos os dias, então acaba passando despercebido”, ressalta.
Com cartazes “Chega de racismo”, “Queremos justiça”, “A carne negra é a mais barata do mercado”, “Basta de violência”, o ato contou com pelo menos 40 participantes.
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