O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que o pagamento do 13º salário, em 2020, deverá injetar na economia do Estado um montante de R$ 2,681 bilhões. O valor representa um crescimento de R$ 24.322.093,68 ou de apenas 1% perante o registrado no ano passado. Segundo especialistas, é importante destacar que o valor não levou em conta a possibilidade do pagamento parcial do benefício para os trabalhadores que aderiram à MP 936, nem mesmo os montantes que já foram pagos pelas empresas e pelo governo, que optou por antecipar a liberação do recurso para aposentados e pensionistas durante a pandemia.
A pesquisa indicou, ainda, que o quantitativo de trabalhadores que receberão o benefício neste ano será de 1.006.268 pessoas, aumento de 0,31% da participação de trabalhadores, ou de 3.082 beneficiados. A cifra representa uma redução de (0,01 p.p.), na participação do Produto Interno Bruto do país, que fechou em 1,46%. Queda de 0,3 p.p. também foi observada em relação ao PIB Estadual, que chegou aos 2,3%.
Para a economista e supervisora técnica do Dieese, Andreia Ferreira, embora o resultado deste ano seja diferente do obtido em 2016, ano de maior alta no volume de arrecadação: 19%, o baixo crescimento deste ano pode representar um impacto econômico ainda maior, quando se leva em conta que muitas empresas já pagaram os benefícios.
“Em 2020 crescemos pouquíssimo, mas a tendência de queda já estava acontecendo. O ano com maior avanço foi 2016, em relação a 2015 (19% a mais de recursos injetados na economia). O fator que prejudicou a arrecadação deste ano é que além da diminuição do recurso, os pagamentos a titulo de 13º já foram feitos, principalmente para posentados e pensionistas, que é um público que normalmente, direciona esses valores para o consumo”, destacou.
(Texto: Michelly Perez )
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