O fim do ano para alguns será marcado pelo período da compra de presentes e lembranças para homenagear os amigos e familiares. Mas, para outros, será a oportunidade de conseguir uma vaga no mercado de trabalho e até mesmo a chance de iniciar o ano com a carteira assinada. Em Campo Grande, shoppings e supermercados já começaram a procura por candidatos e a estimativa é de que pelo menos 25% dos lojistas empreguem no mínimo um novo funcionário.]
Para a economista do IPF- -MS (Instituto de Pesquisas da Fecomércio), Daniela Teixeira Dias, as contratações, principalmente quando se trata de trabalhadores temporários, poderão ser menores neste ano. Mesmo assim, relembra que pelo menos 25% dos empresários já afirmam que contratarão, o que em um cenário pandêmico como o atual já representa uma grande conquista para o setor.
“A gente sabe que 25% dos empresários do Estado pretendem realizar algum tipo de contratação nos próximos três meses. Entende-se em meio a essas contratações, que sejam de funcionários temporários ou não, então, se cada um desses empresários contratarem a pelo menos um colaborador, estimamos para esses meses a geração de pelo menos 7 mil empregos no Estado. Para gente comparar com o outro número de contratações somente de temporários no ano passado, falávamos em pelo menos 5 mil contratações, então pode ser que essas intenções estejam bem a quem do desejado e esperado no ano passado”, revelou.
Para Adelaido Vila, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), o varejo deverá contratar pelo menos duas mil pessoas. Ele destaca ainda que o novo normal deve reabrir as portas e aumentar o número de vagas no mercado de trabalho.
“Muitas pessoas deixaram os postos de trabalho durante a pandemia, por causa do período em que o comércio ficou fechado. As empresas tiveram que demitir e se adequar ao período para sobreviver. Levantamento prévio realizado pela CDL-CG mostra em torno de duas mil vagas, entre as temporárias e as de reposição. Quem está buscando trabalho precisa estar atento e em constante qualificação. São pontos importantes para a recolocação no mercado e cada vez mais se exige qualidade do profissional que atua no nosso varejo”, refletiu.
(Texto: Michelly Perez )
Veja também: Capital acumula 196.800 famílias endividadas