Gás de cozinha tem 8º reajuste no ano e chega a R$ 82 na Capital

Gás natural também teve alta de mais de 6% no Estado, segundo a Petrobras

Cozinhar tem ficado cada vez mais caro para o consumidor. Além da alta no preço dos alimentos, o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o gás natural também vão sofrer reajuste de 5% e 6,73% em Mato Grosso do Sul. O botijão de 13 quilos do GLP teve aumento de 1,96% em apenas uma semana, passando de R$ 69,48 para R$ 70,84 no preço médio, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse é a oitava majoração no ano.

Conforme o levantamento, em Campo Grande, se comparado as duas últimas semanas de outubro, o aumento do gás de cozinha de 13 quilos aumentou 3,51% entre os preços mínimos. Os valores menores encontrados foram de R$ 59,90 e R$ 62, no Auto Posto Shima Ltda, na Avenida das Bandeiras. As pesquisas foram feitas entre 40 e 48 postos pesquisados.

Em contrapartida o preço máximo caiu de R$ 83 para 82, no posto Comércio de Combustíveis Castro Ltda, na Avenida Costa e Silva. A equipe de reportagem do Jornal O Estado entrou em contato com o Sindicato do Gás de Cozinha local, mas não obteve resposta até o fim desta edição.

Reajuste do gás natural

A partir do dia 15 de novembro, os mais de dez mil consumidores de gás natural de Mato Grosso do Sul começarão a pagar mais caro na fatura do gás canalizado. O aumento se deve ao anúncio feito pela Petrobras sobre um aumento de 33% neste setor vendido pela empresa às distribuidoras de gás canalizado.

O repasse ao consumidor depende da legislação de cada estado. Em Mato Grosso do Sul, o reajuste será de 6,73%, com acerto realizado nas tarifas.

De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Gás do Estado (MSGÁS), Rui Pires dos Santos, mesmo com o ‘salto’, o preço ainda está melhor que o GLP. “De janeiro até agora praticamente não teve aumento nenhum. Para se ter ideia, a diferença entre o GLP e o gás natural fica em torno de 15%”, explica.

Neste ano, ocorreu uma redução de 4% em julho e um aumento que será em novembro. Com o primeiro aumento em 2020, Rui diz não temer a queda de clientes. “A MSGÁS pretende crescer junto com o Estado, está chegando novas indústrias, novos comércios, novos restaurantes, estamos trabalhando junto com esses clientes que também são nossos parceiros, para que o gás seja melhor utilizado e chegue em mais cidades”, diz.

O preço do metro cúbico com imposto no segmento residencial passou de R$ 4,58 em julho para R$ 4,89 neste mês. No setor comercial, o valor saiu de R$ 4,09 para R$ 4,37. No industrial de R$ 3,60 para R$ 3,85.

A Companhia destaca que quanto maior o consumo de metro cúbico do cliente, menor é o valor da tarifa, podendo chegar a R$ 3,26 no residencial, R$ 2,82 no comercial, R$ 2,24 no industrial.

(Texto: Izabela Cavalcanti)

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