Avicultura sofre com alta de 40% nos custos de rações

Altas temperaturas derrubaram a produção de ovos e frangos de corte em aviários do Estado

O intenso calor registrado no Mato Grosso do Sul desde setembro, trouxe consigo, além de queimadas e temperaturas recordes acima de 40°C impactos diretos na cadeia produtiva da avicultura. Além dos fatores climáticos, o setor que sofre com o encarecimento de pelo menos 40% das matérias-primas e rações, também precisou lidar com a morte e a queda de pelo menos 15% na produtividade das aves. Especialistas consultados pelo Jornal O Estado indicam que mesmo nos ambientes climatizados, o calor foi tão intenso que muitos animais não conseguiram sobreviver.

Reinaldo Issao Kurokawa, diretor presidente da Camva (Cooperativa Agrícola Mista de Varzea Alegre), afirmou que neste ano, as altas temperaturas acima da casa dos 40º C fizeram com que as galinhas registrassem uma produtividade até 15% menor. Sem o advento climático, a produção chegava a 850 mil ovos/dia. Entretanto pontua, que em alguns casos, além da redução de produção também precisou lidar com a morte de alguns animais que não suportaram o forte calor.

“Notamos que todos os anos a onde de calor vem sendo mais severa, mesmo assim, em termos de mortalidade, que neste ano ficou em pelo menos 7%, isso não foi um acontecimento exclusivo deste ano, todos os anos isso acontece, principalmente quando se têm oscilações muito fortes de temperaturas. Estimamos que na média, a produção caiu em até 15%, fora isso, temos uma redução no tamanho do ovo e o comprometimento de sua qualidade”, destacou.

Atualmente a cooperativa que conta com o apoio de 26 cooperados, pontua que mesmo com a falta de equipamentos necessários por boa parte dos produtores, nebulizadores e até mesmo, molhar o telhado são algumas das alternativas adotadas para minimizar os impactos climáticos.

“Na nossa região Terenos, ninguém tem aviário com ambiente controlado, ou seja, climatização fechada. Os nossos aviários são abertos, o que temos para minimizar o calor são nebulizadores, ventiladores, isso em alguns casos. Porém, neste ano o calor foi muito intenso e mesmo que alguns entrem com pulverizadores e até mesmo, sistemas para molhar o telhado o calor continuou intenso”, detalhou ele, que afirma que em alguns casos, algumas galinhas não conseguem voltar a produzir.

 

(Texto: Michelly Perez)

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