Outubro Rosa: fazer o autoexame é um gesto de amor

Toda mulher tem motivos para se orgulhar do próprio corpo

A mensagem original do Outubro Rosa se voltava para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. E sim: até hoje isso segue sendo muito importante, até porque dados do Instituto Nacional de Câncer estimam 66.280 novos casos só em 2020. Mas, atualmente, esse mês também serve para reforçar medidas que melhoram a vida das mulheres que já sofrem com a doença.

Para sabermos mais sobre esse tumor maligno que mais acomete as mulheres, conversamos com Médico Oncologista, Fabrício Colacino, que falou sobre a importância da conscientização dos exames preventivos para a detecção precoce da doença.

“O câncer de mama é o conjunto de células malignas que se formam em determinada região da mama e que tem a capacidade de lançar metástase com o evoluir dessa região de células, que pode formar um nódulo palpável ou não. E só é possível ver nas imagens dos exames de ultrassom, mamografia e ressonância magnética”, revela o especialista.

Usado para diagnosticar o câncer de mama, a mamografia é um exame não invasivo que captura imagem do seio feminino com o mamógrafo e serve para detectar tumores malignos. Mulheres de 40 a 69 anos devem anualmente realizar o procedimento preventivo, que é o principal a forma de prevenção.

“O autoexame não substitui a mamografia, em hipótese alguma. É importante realizar o autoexame todo mês, uma semana após a menstruação, realizar o exame clínico com o médico uma vez por ano e a mamografia uma vez por ano também. A mamografia é fundamental, até mesmo porque o autoexame e o exame clínico detectam nódulos geralmente ao redor de dois centímetros ou maiores, portanto é necessário a mamografia se faça o diagnóstico de tumores maiores que um centímetro”, explica.

Mesmo com implantes, é possível fazer o exame e diagnosticar a doença. Agora, em alguns casos, o médico pode mesmo solicitar exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância. “Prótese de silicone não impede a avaliação através da mamografia e não aumenta o fator de risco para o câncer de mama, portanto, é seguro as mulheres usarem de forma estética”, elucida o médico.

O fator de risco é maior para mulheres que tiveram parentes próximos com câncer de mama, mas não significa que terão com certeza. “Só é necessário um cuidado maior e um monitoramento mais próximo, para que qualquer risco seja abordado precocemente”, aconselha.

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com a paciente as opções de tratamento. Nesse momento, é importante pesar os benefícios de cada opção terapêutica contra os possíveis riscos e efeitos colaterais. Existem vários tipos de tratamentos para o câncer de mama que dependem do tipo e do estágio da doença.

“Normalmente envolvem três formas de tratamento, o clínico com remédio, normalmente quimioterapia, imunoterapia e bloqueio hormonal. Outra modalidade é a parte cirúrgica, normalmente envolve também o tratamento cirúrgico com a remoção parcial ou total da mama e linfonodos da axila e a modalidade de rádio terapia que normalmente se faz quando a cirurgia foi conservadora”, esclarece.

Fatores de risco para a doença

  • Genética desfavorável, como por exemplo, irmã com câncer, mãe, avó materna ou paterna, filha;
  • Início da menstruação precoce antes da fase habitual e menopausa tardia, ou seja, parar de menstruar mais tardiamente do que o padrão, porque isso leva a uma exposição maior ao hormônio feminino que é o estrógeno natural da mulher durante o período fértil;
  • Tabagismo;
  • Alimentação é um fator de risco quando não feita de forma saudável;
  • Alcoolismo;
  • Obesidade;
  • Não amamentar;

O autoexame 

  • Em frente ao espelho, observe o bico do seio, a superfície e o contorno das mamas. Levante os braços e note se com o movimento aparecem alterações no contorno e superfície das mamas;
  • A mão direita deve apalpar a mama esquerda e vice-versa. Faça movimentos circulares suaves, apertando levemente com as pontas dos dedos;
  • Apalpe as axilas em busca de nódulos que podem ser dolorosos ou não. Se encontrar procure um médico;
  • Comprima os mamilos da base à ponta, na busca por alguma secreção. Se houver secreções, faça uma avaliação médica;

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