Federação estadual sinaliza com retomada ‘talvez’ em novembro

Volta do vôlei de praia nacional aumenta pedidos para a volta, mas COVID-19 ainda preocupa

A retomada do vôlei de praia nacional, semana passada, em Saquarema (RJ), aguça os pedidos dos atletas de Mato Grosso do Sul pela volta dos torneios locais ou, pelo menos, em Campo Grande. O presidente da federação no Estado, José Eduardo da Mota “Madrugada”, admite que ainda manifesta preocupação com a situação da COVID-19, e sinaliza o retorno talvez para novembro. Os eventos presenciais estão suspensos há pelo menos cinco meses.

“As competições de base estão suspensas por ordem da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), temos que estudar um formato para voltar as atividades que seja compatível com os nossos atletas”, disse o dirigente, na manhã de terça-feira (22), à reportagem. Alega que aguarda a liberação da prefeitura para estas atividades nos parques da Capital e acrescenta que o reinício será planejado junto à comissão de atletas criada este ano.

Madrugada não acredita que as competições presenciais sejam retomadas em menos de 40 dias. “Vai depender da pandemia”, fala. Por fazer parte do grupo de risco tem despachado de sua residência, em Campo Grande. A cidade registrou até a segunda-feira, 506 mortes e 28 mil casos confirmados de COVID-19. “Tem muitas pessoas próximas que pegaram, tenho obesidade, pressão alta, não posso correr esse risco”, fala.

Madrugada concorda que a diferença de estrutura entre a CBV, que montou uma “bolha” no CDV (Centro de Desenvolvimento do Vôlei), em Saquarema, onde acontece a etapa de abertura do Circuito Open de Vôlei de Praia, e o da modalidade em Mato Grosso do Sul não permite este tipo de ação. “(Principalmente na base), os meninos dormem em alojamento, tem o transporte, é complicado”, completa.

Sobre as impressões que recebeu do aparato montado para o evento nacional da semana passada, e que prossegue a partir de hoje (24) agora com os jogos do masculino, o presidente da FVMS considerou excelente. “Foi uma forma de fazer o controle mais adequado, mais preciso, deu segurança”, endossa o dirigente, com base em informações que recebeu do Rio de Janeiro. Uma avaliação seria feita ontem pela CBV para discutir os resultados do procedimento adotado.

Segundo Madrugada, a ideia é a de que a próxima etapa, prevista para a segunda quinzena de outubro, no mesmo local, o número de participantes seja aumentado. A disputa de abertura teve menos equipes – total de 32 inscritas no feminino e idem no masculino – para viabilizar a competição em tempo hábil, de acordo com o dirigente.

 Três de MS no masculino

A programação da CBV prevê para esta quinta-feira, o início do torneio masculino com a fase classificatória. São 20 duplas inscritas, entre elas a do sul-mato-grossense Miguel, parceiro de Jefersson, do Ceará. Os times disputam quatro vagas para a fase de grupos, em que a disputa do pódio da primeira etapa da temporada 2020/2021 começa para valer.

Na fase principal, a dupla Arthur, ao lado de Guto (RJ), aparece como quarto cabeça de chave da competição. O campo-grandense Saymon, que faz parceria com Hevaldo (CE), é o sétimo. “Os atletas estão retomando agora, espero um bom desempenho, já que é um reinício para todos. Acredito que façam boa competição”, fala Madrugada.As decisões do terceiro e do primeiro lugar estão previstas para domingo.

No feminino, encerrado domingo, a melhor colocação obtida por uma jogadora nascida em Mato Grosso do Sul foi de Talita Antunes. Filiada por Alagoas, a aquidauanense, parceira de Carol Solberg (RJ), obteve o terceiro lugar depois de ganharem de Juliana e Josi (CE/SC). Na semifinal, perdeu para Ana Patrícia e Rebecca (MG/CE), campeãs após baterem Ágatha e Duda (PR/SE).

Victoria Lopes, que faz dupla com Tainá (SE), caiu na repescagem após a fase de grupos, com derrota para Andressa e Vitoria (PB/RJ). Já Dany Neves, foi eliminada ainda no qualifying, quando ficou a uma vitória de entrar no torneio principal. Ao lado de Rita (RJ), foi superada por Rosimeire Lima e Talita (AL/CE).

(Texto: Luciano Shakihama)

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