Líderes mundiais fazem reunião sobre ajuda ao Líbano

Uma videoconferência organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela França para angariar doadores para o Líbano está agendada para domingo (9).

A realização da videoconferência foi anunciada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, na quinta-feira (6), em entrevista à imprensa na capital do Líbano, onde foi para prestar apoio e solidariedade. Este sábado (8), a Presidência da República francesa anunciou que o encontro está marcado para as 12h de domingo (9), indicou a agência AFP.

“[A intenção passa por mobilizar] financiamento internacional, dos europeus, dos americanos, de todos os países da região, para fornecer medicamentos, cuidados de saúde e alimentos”, disse na quinta-feira (6) o presidente francês.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio do Twitter, escreveu também sobre a videoconferência, que junta “o presidente Macron, os líderes do Líbano e líderes de outros lugares do mundo” e defendeu que “todo mundo quer ajudar!”, mencionando ainda ter falado com Macron a propósito da reunião.

Este sábado (8), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que há mais de 60 desaparecidos em Beirute. O número oficial de mortos é de 154. A explosão deixou também 5 mil feridos.

Apelo da Onu

O Líbano já enfrentava uma crise humanitária, mas as Nações Unidas receiam que agora, após as devastadoras explosões ocorridas na terça-feira (4) em Beirute, LINK 1 a situação se agrave.

Agências da ONU lançaram um apelo urgente à solidariedade internacional em relação ao Líbano. A crise humanitária vivida no Líbano não é recente, mas no rescaldo de um acidente devastador e em pleno contexto pandêmico, a ONU alerta para o risco de a situação piorar.

Antes da explosão que devastou parte da cidade de Beirute, 75% dos libaneses já precisavam de ajuda, 33% estavam desempregados e cerca de um milhão de pessoas vivia abaixo da linha da pobreza.

A agência humanitária Programa Alimentar Mundial disse, esta semana, que com a destruição do porto de Beirute, o fornecimento de alimentos no território podia ser atrasado ou mesmo interrompido e, em consequência, os preços podiam aumentar. A escassez de comida já se sente e a população, ainda em choque, começa a recear a falta de alimentos e a dificuldade de obter até aos mais básicos.

A organização vai enviar cinco mil pacotes de comida, suficientes para alimentar famílias de cinco pessoas durante um mês, e planeja importar farinha de trigo e grãos para ajudar a suprir a escassez no território.

(Texto: Agência Brasil)

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