Indígenas de Dourados e Aquidauana são os mais atingidos

Nas reservas indígenas do Estado, o avanço do coronavírus acomete cada vez mais a população, expõe as dificuldades de assistência às comunidades e preocupa as autoridades de saúde. Segundo os dados do Ministério da Saúde, o Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) de Mato Grosso do Sul possui cerca de 80 mil indígenas, divididos em oito etnias e 78 aldeias. As reservas Jaguapiru e Bororó, de Dourados, são consideradas as maiores do país, com mais de 17,3 mil indígenas.

Já foram três mortes registradas no município que tem o maior número de casos confirmados da doença, 216. Entretanto, são as aldeias de Aquidauana, a 139 km da Capital, que registram o maior número de mortes, com sete vítimas pela COVID-19. De acordo com o boletim epidemiológico da prefeitura do município, divulgado na quarta-feira (29), dos novos 108 casos positivos, 69 são de índios aldeados e 2 de indígenas que não moram nas comunidades.

Em apenas uma semana, as confirmações nas reservas indígenas saltaram de 78 para 148. De acordo com os dados da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), desde o início da pandemia já foram confirmados 507 casos nas reservas do Estado. Até o momento, 12 pessoas faleceram em decorrência da doença em MS.

São sete vítimas em Aquidauana; uma em Miranda; uma em Sidrolândia e três nas reservas indígenas de Dourados. Aldeias de Tacuru (30), Caarapó (19), Amambai (3) e Antônio João (2) registraram casos confirmados, mas ainda não registraram mortes. Do total de 12 mortes, 10 envolvem terenas, uma kaiowa e outra guarani-kaiowa.

O titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, reiterou que a secretaria está monitorando o contágio nas reservas e que já entrou em contato com o governo federal para ampliar a assistência à população. “Nós estamos monitorando [os casos na população indígena] já cobramos da Sesai e do Ministério da Saúde, responsáveis pela saúde indígena. Nós não vamos descuidar [da população], nós estamos fazendo todo o esforço para evitar a expansão da doença”, pontuou.

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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)

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