Descumprimento de isolamento social cresce na Capital

As denúncias de descumprimento do toque de recolher instituído em Campo Grande deve um aumento de 12,3% após a criação do Força-Tarefa. O Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) registrou em quatro dias de operação, de 219 ligações realizada pelo 190, de 13 e 16 de julho, esse número subiu para 246 ligações entre os dias 20 e 23 de julho, semana de atuação da Força-Tarefa.

Já os dados fornecidos pela Guarda Civil Metropolitana, órgão do município, revelam que o índice de denúncias em razão do descumprimento do decreto municipal totalizou 517 ocorrências. Com maior rigor imposto pelo decreto, 692 estabelecimentos foram fiscalizados, 29 foram notificados e 12 interditados. Além disso, 453 pessoas abordadas foram orientadas sobre a prevenção a covid-19. Todas as ações contaram com apoio de representantes do Ministério Público e da Polícia Militar – que também registrou 96 ocorrências com aglomeração em comércios e realizou 516 abordagens às pessoas no mesmo período.

Para o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Marcos Paulo Gimenez, a Polícia Militar tem oferecido apoio às ações da Guarda Civil Metropolitana desde o dia 8 de julho e vem cumprindo, rigorosamente, o que está previsto no Decreto popularmente conhecido como ‘toque de recolher’.

“Realizamos ações preventivas em Campo Grande desde o início deste mês. Embora o Decreto possua característica preventiva, ele foi feito com base no artigo 268 do Código Penal, que prevê a detenção em casos de descumprimento de quem infringir determinação do poder público. Então, no primeiro momento, um estabelecimento que descumprir as medidas será fechado por três dias, em caso de reincidência, será fechado por sete dias e em último caso, ocorre a prisão”, explica o comandante.

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, pontua que em virtude de redução de leitos em razão da Covid-19, foi necessário tomar essas medidas, principalmente considerando que a maior parte da população do Estado se concentra em Campo Grande.

“Encaramos esta missão como prioridade, sob pena de faltar leitos. O que queremos é proteger a população da Covid-19. Neste sentido, tudo que puder ser feito para apoiar a saúde do município e estadual, nós iremos fazer. O governador Reinaldo Azambuja nos deu essa missão para apoiar não só Campo Grande, mas todos os municípios que nos solicitarem esse tipo de apoio. As forças de segurança estão trabalhando e só nos Postos de Fiscalização Sanitária (barreiras sanitárias), por exemplo, já atenderam mais de 2 milhões pessoas. Daí a importância desta conscientização por parte da população e a sanitização dos veículos que passam pelo nosso Estado”, pontuou.

Desde o início da pandemia, a Superintendência de Inteligência de Segurança Pública da Sejusp registrou 622 ocorrências de infração de medidas sanitárias preventivas lavradas pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Destas, apenas 44 foram registradas em Campo Grande.

A Força-Tarefa foi criada no dia 20 de julho, formada por integrantes do Ministério Público Estadual, Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Guarda Civil Metropolitana, e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Polícia Militar. O objetivo é auxiliar o município nas fiscalizações referente ao toque de recolher, das 20h às 5h, e o fechamento de serviços não essenciais, como bares e restaurantes, aos finais de semana, para conter o avanço da Covid-19 na Capital.

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(Texto: Inez Nazira com informações do Portal MS)

 

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