Rebeldia da população persiste mesmo com toque de recolher

Foram 76 abordados

O toque de recolher às 20h teve início em uma noite fria de quarta-feira (8) e, mesmo com a temperatura mais baixa as pessoas não deixaram de ir as ruas, desrespeitando a medida que busca reduzir o contágio pelo novo coronavírus. Durante o período, a recomendação é que a população permaneça em casa, mas diferente do lockdown, não pede sua obrigatoriedade. A primeira noite teve fiscalização surpresa do município em todas as regiões da cidade e 76 foram pessoas foram flagradas fora de casa e 88 estabelecimentos vistoriados, dos quais 12 foram notificados.

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, fez uma apelo para a população através de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, em que destacou que além de descumprir o decreto, estão ignorando normas de biosegurança. “De cada 100 pessoas nas ruas, 30 estavam sem máscaras. É difícil, essas pessoas não querem ajudar nossa cidade. Pensei que não teríamos nenhum comércio aberto fora do horário”, pontuou. O prefeito ainda disse que a população precisa ser mais responsável para evitar que o vírus chegue até as pessoas do grupo de risco. “Se o vírus atingisse somente os desobedientes, a responsabilidade seria deles, mas eles podem levar para gente que está cumprindo os princípios e regras”, frisou.

Já o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, apontou que a falta de compromisso com o distanciamento social e as constantes notificações de aglomerações foi que levaram a prefeitura adiantar o toque de recolher para as 20h. A medida tem como finalidade, reduzir os pontos em que as irregularidades podem ocorrer. “Nós conseguimos restringir o acesso a esses lugares [bares e restaurantes], pois, se eles estão fechados essas pessoas deixam de ter onde ir e, como consequência, reduzimos os índices de contaminação em massa”, assegurou. Mas, ainda houve aqueles ‘rebeldes’. Apenas no primeiro dia de ação, foram 88 estabelecimentos foram vistoriados e 12 notificados, por apresentarem problemas na documentação e descumprirem o toque de recolher. Apesar das restrições, os serviços essenciais, continuam funcionando normalmente. “Nós queremos restringir essas pessoas que circulam sem motivo, mas farmácia, supermercado e posto de gasolina continua funcionando. Nós queremos evitar essas aglomerações, mas quem precisa de alguns desses serviços ainda tem acesso”, pontuou.

Operação

A operação, que une os serviços da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), GCM (Guarda Civil Metropolitana), Vigilância Sanitária e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), e, ainda conta com o apoio da Polícia Militar, deve continuar durante todos os dias em que o toque de recolher está previsto para as 20h e tem como objetivo reduzir os números expressivos que a Capital vem registrando.

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(Texto: Amanda Amorim e Mariana Moreira)

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