O surto do novo coronavírus atinge também as forças de segurança. Até o momento, foram 211 suspeitas de infecção, das quais 40 foram confirmadas e 11 continuam em investigação. São casos registrados em profissionais que atuam como policiais civis, agentes penitenciários, militares e bombeiros. Apenas os policiais civis representam 32% do total de contaminados, com 13 casos confirmados.
A última confirmação ocorreu na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Paranaíba, a 417 km da Capital. Os dados foram apresentados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), que revelam ainda o afastamento de um profissional pertencente ao grupo de risco.
Segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Pablo Rodrigo Pael, o sindicato tem cobrado o cuidado necessário com as equipes, solicitando inclusive a entrega de materiais de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para uso em serviço. Além disso, tem avaliado a situação da saúde pública, nos locais em que foi registrada uma piora, sugerindo o aumento na estrutura de atendimento, como na região de Ponta Porã, onde o investigador de polícia Waldir Rojas, de 52 anos, morreu.
“Estamos atuando na linha de frente de combate à pandemia, em ações conjuntas com outros órgãos de segurança, além da custódia em delegacias e o atendimento regular à população, por isso nossa atenção neste momento é redobrada no sentido de garantir que os profissionais estejam trabalhando em condições seguras”, destacou.
De acordo com relatório da Sejusp, entre os 40 infectados, cerca de 22 casos estão curados. Apesar de o Estado ter transmissão comunitária, apenas quatro teriam se infectado durante serviço e dois têm origem de infecção desconhecida.
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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)