Mourão visita abrigos de venezuelanos em Roraima

O vice-presidente Hamilton Mourão esteve em Roraima na quarta e quinta- feira desta semana, para vistoriar os trabalhos da Operação Acolhida e conhecer as demandas locais afetadas pelo alto fluxo migratório de venezuelanos.

Hamilton estava acompanhado pelo ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Em Boa Vista, Mourão e Moro se reuniram com o governador do Antonio Denarium e visitaram 1 dos maiores abrigos de imigrantes da América Latina, o Rondon 3, que conta atualmente com cerca de 1.000 venezuelanos.

“Essa viagem está sendo interessante para entender as necessidades de Roraima e o governador já apresentou as prioridades dele e nós vamos buscar solucionar o que for possível”, disse Mourão, em entrevista à TV Brasil, durante a visita ao abrigo. Essa semana, o vice-presidente assumiu o comando do Conselho da Amazônia, colegiado que reúne 14 ministérios para articular ações e políticas públicas voltadas à região.

Desde a eclosão da crise migratória venezuelana, em 2017, já chegaram ao Brasil cerca de 200 mil cidadãos do país vizinho. Para ordenar o fluxo migratório, o governo federal criou a Operação Acolhida, que atua em 3 eixos.

Na 1ª etapa, ainda na região de fronteira, os imigrantes recebem o 1º atendimento e obtém documentos para ingressar de maneira legal em solo brasileiro. Na 2ª fase, dentro dos abrigos, eles recebem atendimento médico e tomam vacinas. No 3º eixo ocorre o processo de interiorização, que consiste em viabilizar a mudança dos imigrantes para outros estados do país. O objetivo é que eles possam recomeçar a vida por meio da inserção no mercado de trabalho e outras oportunidades.

“Houve manifestações, nas últimas semanas, reclamações justas também da população, porque o modo de vida dessas pessoas foi alterado por esse fluxo grande de venezuelanos. Claro que o Brasil tem esse compromisso humanitário com a Venezuela, tem tentado tratar essas questões da melhor forma possível, inclusive minorar o incômodo para a população brasileira, mas isso sempre gera alguns sobressaltos, então viemos in loco ouvir as pessoas, não só aquelas que cuidam da Operação Acolhida, mas as pessoas dos abrigos, as pessoas das ruas, lideranças locais, para ver a melhor maneira de ajudar a minorar ainda mais esses problemas”, afirmou.

De acordo com Moro, a pasta vai estudar formas de ajudar o Estado a aumentar o patrulhamento e a segurança pública da região, que é uma das principais demandas da população.

(Texto: Karine Alencar com informações do Poder 360)

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