MIS apresenta relação entre psicanálise e sociedade

Um dia após o aniversário de 120 anos de Campo Grande, no dia 27, com objetivo de promover a discussão da relação entre psicanálise e sociedade, o Museu da Imagem e do Som (MIS-MS), em parceria com o Cineclube Psicanálise, realiza a Mostra de Cinema. O evento vai até a sexta-feira (30).

As interfaces entre cinema e psicanálise remontam às suas origens. Freud publica Estudos sobre a histeria em 1985, ano em que os irmãos Lumière realizam a primeira projeção da história do cinema, com o filme Chegada do trem na estação Ciotat. Nesses mais de 100 anos de projeções, entre possíveis afinidades das imagens com as palavras, encontra-se ainda um campo aberto à criação.

Sem a pretensão de colocar o cinema no divã, mas buscando fomentar as discussões sobre psicanálise, cinema e sociedade, o psicanalista Marcelo Bueno e o Estúdio Tranze assinam a curadoria da Mostra Cineclube Psicanálise.

Os filmes serão exibidos sempre às 19 horas, com entrada franca. O MIS fica no 3º andar do Memorial da Cultura, na Avenida Fernando Correa da Costa, 559, Centro. Telefone: (67) 3316-9178.

Confira abaixo a sinopse dos filmes e classificação indicativa:

Dia 27 – terça-feira – “O sacrifício do cervo sagrado” (Direção: Yorgos Lanthimos. Duração: 121 minutos. Classificação: 16 anos)

Sinopse: Steven (Colin Farrell) é um cardiologista conceituado que é casado com Anna (Nicole Kidman), com quem tem dois filhos: Kim (Raffey Cassidy) e Bob (Sunny Suljic). Já há algum tempo ele mantém contato frequente com Martin (Barry Keoghan), um adolescente cujo pai morreu na mesa de operação, justamente quando era operado por Steven. Ele gosta bastante do garoto, tanto que lhe dá presentes e decide apresentá-lo à família. Entretanto, quando o jovem não recebe mais a atenção de antigamente, decide elaborar um plano de vingança.

Dia 28 – quarta-feira – “Melancolia” (Direção: Lars von Trier. Duração: 136 minutos. Classificação: 14 anos)

Sinopse: O tempo só serviu para afastar as irmãs Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlote Gainsborg). Nem o casamento entre Justine e Michael (Alexander Skarsgärd) serve como desculpa para aproximá-las, e, depois da cerimônia, Justine começa a ficar triste e melancólica. Quando o anúncio sobre a colisão da Terra com outro planeta chega ao conhecimento, as reações são bem diferentes. Justine está conformada, enquanto o desespero do iminente fim apavora Claire.

Dia 29 – quinta-feira – “A professora de piano” (Direção: Michael Hanecke. Duração: 131 minutos. Classificação: 18 anos).

Sinopse: Erika Kohut (Isabelle Huppert) trabalha como professora de piano no Conservatório de Viena. Ela não bebe nem fuma, vivendo na casa de sua mãe (Annie Girardot) aos 40 anos. Quando não está dando aulas Erika costuma frequentar cinemas pornôs e peep-shows, em busca de excitação. Logo ela inicia um relacionamento com Walter Klemmer (Benoît Magimel), um de seus alunos, com quem realiza vários jogos perversos.

Dia 30 – sexta-feira – “Sob o céu que nos protege” (Direção: Bernardo Bertolucci. Duração: 138 minutos. Classificação: 16 anos).

Sinopse: Baseado em livro de Paul Bowles. Casados há dez anos, os escritores Port (John Malkovich) e Kit (Debra Winger) decidem abandonar a vida rotineira dos Estados Unidos e viajar para o deserto africano em busca de outras e novas emoções. Junto com eles vai o amigo Tunner (Campbell Scott). A época é o fim da Segunda Guerra, o casal sofre o desgaste da relação e há dúvidas de que o desgastado amor deles sobreviva a esta viagem cheia de provações. Bertolucci traduz esse vazio entre os dois em imagens impressionantes, com a imensidão do deserto, as variações de cores e mudança surpreendente de paisagens. E silêncio, muito silêncio. Bertolucci quis trazer para o filme toda a força do livro de Bowles, tentando traduzi-lo. Mas o resultado é diferente em cada uma das obras. (Rafael Belo com Fundação de Cultura)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *