Identificar a queda de cabelo em excesso é importante para encontrar o tratamento adequado
Você sabia que existe um ciclo natural dos fios no qual eles nascem, crescem, estabilizam e depois caem? Mas às vezes, eles podem estar caindo demais e indicar algum problema mais severo. A alopecia areata é uma condição caracterizada pela queda localizada de cabelo, na cabeça ou, mais raramente, em outras áreas do corpo. Em pessoas com essa condição, o cabelo sempre cai em áreas bem delimitadas, resultando em círculos ou em áreas ovais onde não há fios de cabelo e pode afetar pacientes de ambos os sexos
De acordo com médica dermatologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, Jessica Corrêa Rosa Mustafá, a alopecia comete ambos os sexos, tendo sua frequência aumentada em um ou outro de acordo com a etiologia.
“A alopecia androgenética acomete mais precocemente e com maior severidade os homens, pela presença aumentada de hormônios andrógenos. Já o eflúvio telógeno, causado pelo aumento da proporção dos fios nessa fase do ciclo capilar, é mais comum em mulheres”, revela.
Segundo Jessica, as principais causa da doença são: “Alopecia androgenética, alopecia areata, difusa não cicatricial, alopecia relacionada ao lúpus eritematoso, líquen plano pilar, eflúvio anagêno, eflúvio telógeno, entre outras”, explica.
A alopecia apresenta-se sob duas formas clínicas. Circunscrita ou rareamento difuso e total. “Sendo está última rara, ocorrendo na alopecia generalizada. Podemos classificar também as alopecias em cicatriciais e não cicatriciais”, elucida.
O número médio de cabelos varia entre 100 a 150 mil fios, com perda média diária entre 50 a 100 fios nos adultos. A média de crescimento está ao redor de 0,35mm por dia, sendo maior nas mulheres do que nos homens. “Alterações nessas taxas, ou mudanças na estrutura pilar podem ser indicativos de alopecia”, alerta a especialista.
Aprender a identificar quando a queda de cabelo é excessiva é importante para ter certeza do tratamento correto que deve ser feito para diminuir as consequências que o problema pode causar.
“O tratamento é realizado de acordo com a causa. Por exemplo, na alopecia androgenética, podemos utilizar Minoxidil oral e/ou tópico, finasterida, alfa estradiol, nutracêuticos, etc. Na alopecia areata, o tratamento baseia-se nos corticosteroides”, esclarece.
A alopecia é uma consequência nas alterações do folículo piloso. Se as alterações na matriz capilar forem transitórias e não destrutivas, ocorre um novo crescimento. “Se as alterações provocarem a destruição da matriz, resultando na formação de escaras ou atrofia, acaba por produzir alopecia permanente”, finaliza.
(Bruna Marques)