Cada traço desenhado carrega histórias de amor, companheirismo e muita emoção
Só quem tem um animal de estimação sabe a alegria que é compartilhar a vida com o amigo de quatro patas. Por isso, muita gente eterniza essa relação de amor, na pele, com as tatuagens. A cumplicidade entre o ser humano e os bichinhos têm rendido homenagens das mais variadas formas.
O dia 04 de maio de 2021 marcou a história de amor da psicóloga Giovana Tomazela, 36 anos, e da chihuahua Xicória. Foi em uma terça-feira que a “mamãe” da cachorrinha eternizou o sentimento que tem por sua “filha” de quatro patas no braço.
“Já tinha agendado para fazer com uma pessoa em São Paulo porque não conhecia alguém aqui que fizesse realismo bacana assim. Mas com a pandemia, desmarquei e o plano foi adiado. Foi ai que eu encontrei a Ju e me apaixonei pelo trabalho perfeito dela, sabia que seria exatamente o que eu queria”, conta.
Xicória está na família da Giovana há 16 anos, antes era de sua irmã, mas quando se casou e saiu de casa, não levou a cachorrinha. Foi quando o apego e amor das duas começou. “Ela foi ficando mais apegada a mim. Quando eu saí da casa dos meus pais, levei comigo. Só por ela que eu caminho todos os dias e sempre quero voltar pra casa. É o amor da minha vida, minha filha”, relata. ?
Por onde passa as pessoas notam a Xicória com Giovana e perguntam onde foi que ela tatuou. O laço ficou tão forte que a psicóloga vai eternizar sua outra cachorrinha e os pets que teve ao longo da vida.
“Comecei pela Xicória porque ela me acompanha ha muitos anos e é a cachorra perfeita. Mesmo sendo de uma raça considerada ‘chata’, ela sempre foi diferente. Calma e fácil de lidar, obediente, carinhosa. A cachorra perfeita”, descreve.
Para Giovana o amor é algo que precisa ser eternizado na pele. “Não tem nada mais puro do que o amor de um bichinho. Sou apaixonada por animais. Tenho uma capivara tatuada e vou fazer uma arara também, mas meu amor maior são os cachorros. Vou fazer mais vários com a Ju”, afirma.
Traços de amor
Tatuadora há mais de 2 anos, Juliane Crispim de Oliveira, 32 anos, sempre gostou de animas, mas os cães têm um lugar especial em seu coração. Antes os desenhos ficavam só no papel, mas há 9 meses ela tatuou o primeiro cachorrinho.
“Uma cliente querida que abriu essa tendência na minha carreira. Fiz o Hulk, o vira-lata muito amado dela e desde então foram surgindo mais artes com os pets. Apesar de ter sido pequena eu amei o desafio”, relembra.
Envolvida em causas animais, Juliane ajuda o grupo AMMAR, seu envolvimento com ONGs de resgate, ajudou nesse passo em sua carreira. “É um grupo de protetoras de animais que tem um trabalho lindo. É difícil, mas muito gratificante ver a recuperação dos bichinhos. Então, acredito que uma coisa foi puxando outra”, explica.
Cada traço desenhado carrega histórias de amor, companheirismo e muita emoção. “As pessoas que procuram esse tipo de trabalho são completamente apaixonadas pelos ‘filhos” de quatro patas. O meu amor pelos meus animais também cria essa sintonia legal entre eu e o cliente. É muito melhor você receber um serviço prestado por alguém que compartilhe do mesmo sentimento que você”, expõe.
Tatuar um pet é como tatuar um membro da família da pessoa. “São várias histórias, todas muito lindas. Algumas mais tristes, outras divertidas, mas sempre com muito amor. Tatuar um animal requer sensibilidade da nossa parte. Eu tatuo outras coisas também, mas os pets realmente são minha paixão”, finaliza.
(Bruna Marques)
Uma super profissional ❤????