No dicionário, “cidadão” pode ser definido apenas como “habitante de uma cidade”, ou “indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos, por aquele garantidos, e que desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos”. Mas, dentro de um conceito que transcende, e muito, esses outros dois, Marinalva Pereira escolhe, todos os anos, pessoas de diversas áreas, homens e mulheres, que fazem a diferença como parte de uma sociedade. É o Prêmio “Cidadão Nota 10”, uma medalha que já completa uma década de reconhecimentos e esperança.
Entre os homenageados no evento deste ano, o décimo promovido por Marinalva, o proprietário da tradicional e antiga Sorveteria Caçimba se disse lisonjeado com a lembrança sobre seus feitos a Campo Grande.
“Receber essa homenagem é muito gratificante, até porque eu e minha família não esperávamos por isso. É uma boa lembrança, além de ser motivador, pois estamos planejando reativar nossos negócios em Campo Grande. Se Deus assim permitir, a Sorveteria Caçimba estará com as portas abertas em janeiro de 2020”, disse o empresário Filinto Marques, que depois de 22 anos com destaque na Capital resolveu empreender em Três Lagoas nos últimos anos.
O sentimento é o mesmo do engenheiro civil Everton Skaniz, que vincula a medalha do evento à sensação de dever cumprido. “Trabalho há 11 anos no ramo e essa é a primeira vez que recebi uma homenagem. ‘Cidadão Nota 10’ é Campo Grande, pra mim significa uma honra. Trabalhar socialmente para o bem de todos é algo muito bom e receber essa medalha faz parte de tudo isso”, falou.
Jornalista televisiva e advogada, Marinalva Pereira apresenta a cada ano três ações comemorativas e que valorizam a excelência na Capital: o “Mulher Nota 10”, em maio, o “Cidadão Nota 10”, todo mês de agosto, e o “Personalidade do Ano”, sempre aos dezembros. Conhecida pelo carisma absolutamente marcante, ela conta que a ideia de homenagear veio depois de ter sido homenageada, em diversas oportunidades.
“Após ser lembrada pelo meu valor, na Câmara, como mulher, negra ou jornalista, tive essa reflexão do quanto é bom a gente reconhecer o papel do outro e incentivá-lo a manter esse compromisso de excelência. Dá trabalho organizar, mas a recompensa maior é a alegria de quem participa, algo que não tem preço. Por isso, em muitos anos, ainda teremos essas premiações, porque elas transformam e levam esperança”, cita a promotora do “Cidadão Nota 10”, que já distribuiu mais de mil medalhas. (Graziella Almeida e Danilo Galvão)