Adotar hábitos de interação social e expressão comportamental é fundamental para os pets
Nadar, caminhar e correr são atividades físicas muito indicadas para os cachorros. Assim como os humanos, os cães também precisam se exercitar para obter maior qualidade de vida. Porém, antes de sair correndo por ai com o seu amigo, é importante saber qual é a prática mais indicada.
Praticar esportes com o cachorro a tira colo é a nova onda do momento. Skate, surf e bicicleta são umas das modalidades que vem ganhando espaço na rotina de muitos tutores e ‘doguinhos’. De acordo com o zootecnista e professor do curso de Medicina Veterinária da Uniderp, Diogo Cesar Gomes da Silva, adotar hábitos de interação social e expressão comportamental é fundamental para os pets.
“Ao caminhar, correr ou acompanhar o tutor em alguma atividade física o cão pode também interagir com pessoas, outros animais, explorar o ambiente e expressar repertórios comportamentais que estão associados com o bem-estar animal”, revela o especialista.
Estudos mostram que animais que fazer exercícios físicos constantemente vivem mais e melhor. No entanto, é preciso se atentar aos aspectos reciais e às suas condições fisiológicas específicas. “Certas raças podem possuir menor ou maior adaptação a exercícios físicos, bem como, processos fisiológicos envolvendo respiração, circulação sanguínea e até mesmo a forma e estrutura corporal. A idade também é fator importante e que altas cargas de exercícios, em especial, os de alto impacto não são aconselháveis para animais em desenvolvimento”, esclarece o zootecnista.
Segundo o professor, assim como nós, os cães precisam de uma boa dose se exercícios diários para se manterem saudáveis. “A quantidade de treinamentos varia de acordo com peso, idade e muitas vezes a predisposição a algumas doenças. Sabemos que exercícios físicos liberam endorfina, um hormônio associado a prazer e relaxamento, o que vale inclusive para gatos”, revela.
Natação para cachorros
Você sabia que a natação é uma das melhores atividades para os nossos amigos peludos? Além de ser muito divertida, o treinamento melhora o condicionamento físico do animal, no sistema circulatório, redução de estresse, imunidade e trabalha o sistema respiratório.
A natação deve ser sempre acompanhada pelo tutor ou instrutor e é necessário adaptar o animal às condições e aos ambientes. “Apesar de todos os cães e gatos serem bons nadadores, a ausência de exposição destes animais a este tipo de exercício pode causar receio, medo ou mesmo traumas se for feito de forma equivocada. Piscinas devem ser adaptadas para pets e os cuidados com lagos, rios e mar devem ser os mesmos que tomamos para nós em relação aos riscos”, recomenda Diogo.
A prática do exercício é uma excelente forma de prevenção para cães com tendência a ter displasia coxofemoral, como por exemplo, o pastor alemão e o mastiff. Além disso, o trabalho muscular de baixo impacto pode auxiliar os animais com displasia. Mas é preciso seguir algumas orientações.
“O controle da temperatura da água é importante, bem como os níveis de cloro. As temperaturas baixas prejudicam a imunidade do cachorro, um manejo adequado, lavagem e secagem são recomendados. Outro grande problema é a possível entrada de água nos olhos e ouvidos. Os procedimentos de lavagem e secagem adequados associados à inspeção no animal são necessários também”, orienta.
Procurar um profissional para orientar a intensidade de exercícios é fundamental. Assim como nos seres humanos, um animal sedentário não pode começar a praticar atividade física antes de passar por uma avaliação médica.
Confira também:
Viver Bem alerta os riscos em procedimentos estéticos
(Texto: Bruna Marques)