É importante tutores seguirem dicas para a manutenção da saúde dos animais
Assim como os seres humanos, os pets também envelhecem e as mudanças de comportamento são nítidas, o pique já não é mais o mesmo e o tempo em que se passam descansando se torna maior. Sendo assim os animais mais velhos requerem cuidados especiais para manter a qualidade de vida por mais tempo.
Hoje em dia os tutores estão mais envolvidos e conscientes quando o assunto é a saúde e os cuidados de seus animais de estimação. Os avanços da medicina veterinária, como nas áreas clínicas, cirúrgica, de diagnóstico por imagens e nutrição animal, têm contribuído significativamente para o crescimento na expectativa de vida entre os pets nos últimos anos, mas há alguns cuidados que os tutores podem adotar no dia a dia para ajudar o companheiro de quatro patas envelhecer com saúde.
”No envelhecimento o organismo animal passar por modificações fisiológicas e funcionais, há também uma queda nas atividades rotineiras e o animal deve ser acompanhado por médicos veterinários em todos os estágios do crescimento para que tenha mais qualidade de vida quando chegar na velhice. Algumas medidas, como deixá-lo feliz, livre de medo e de dor, uma boa nutrição, fazer refeições diárias com intervalos regulares; manter uma dieta com baixa proteína e pouca gordura e evitar sedentarismo e obesidade podem prevenir algumas doenças comuns na velhice nos pets”, explica a professora do curso de medicina veterinária da Uniderp, Dina Regis.
Por isso, é muito importante manter regularmente consultas com o médico-veterinário, momento em que o tutor deve reportar toda e qualquer mudança observada no físico e no comportamento do animal. ”O animal senil necessita de cuidados preventivos com a saúde, como visitas ao médico veterinário, exames periódicos, consultas semestrais e de rotina para doenças mais comuns que acometem o animal idoso”, orienta.
A nutrição tem um importante papel no controle e no processo de envelhecimento, melhorando a qualidade de vida e prevenindo ou retardando algumas patologias associadas à idade. ”Como osteoartrite, doenças cardíacas, câncer, doenças renais e endocrinopatias, periodontites, síndromes cognitivas e alterações no olfato, na visão, na audição e no equilíbrio. Com relação ao ambiente, vale ressaltar que os animais de rua têm menor expectativa de vida que os que vivem de dentro de casa e os animais castrados vivem mais que os não castrados”, revela.
A médica-veterinária explica que não há uma regra de idade que se aplique a todos os animais em relação a velhice, já que o envelhecimento físico depende muito do porte, raça e estilo de vida de cada pet. ”A expectativa de vida para os cães é considerada como inversamente proporcional ao seu porte quando o corpo começa mostrar os primeiros sinais de envelhecimento. São considerados pacientes geriátricos os cães de raças de pequeno porte, ou seja, com peso inferior a 10 quilos a partir dos oito anos de idade.
Os cães de raças de médio porte, aqueles com peso médio entre 11 e 25 quilos, possuem sua classificação de idoso a partir de sete anos de idade, assim como, os cães de peso entre 26 a 45 quilos, considerados de grande porte. Os cães considerados gigantes, ou seja, com peso superior a 45 quilos, possuem a classificação de idoso a partir dos seis anos de idade”, finaliza.
(Texto: Bruna Marques/Publicado por João Fernandes)