Começando no último dia 22, o verão chegou e nessa estação que – junto com o sol – vem acompanhada das férias, essa principal fonte de vitamina D sempre pede piscina ou mar como acompanhamento, entretanto o conjunto de características típicas dessa época pode trazer vários danos ao cabelo.
Passar pela estação com os cabelos hidratados e bonitos não se torna uma tarefa fácil, uma vez que o cloro, presente em grande parte das piscinas prejudica a fibra capilar; a exposição aos raios solares facilita a desidratação dos fios; e, principalmente, quem possui cabelos loiros enfrenta mais um probleminha: a tonalidade verde após alguns mergulhos na piscina.
Segundo a dermatologista Renata Sampaio, do Instituto da Pelle, sobre o verde-piscina, isso acontece porque há sulfato de cobre presente no cloro. “Quando ele entra em contato com a queratina dos fios, provoca a oxidação. Quanto mais fraco e poroso estiver o cabelo, mais fácil fica a entrada do produto na estrutura do fio. Por este motivo, o cabelo verde de piscina é mais comum nos cabelos quimicamente tratados, já que as químicas utilizadas no clareamento de cabelos desalinham as escamas e deixam os fios porosos”.
Como uma forma de “preparar” os cabelos para o característico desgaste dessa época, para o cabeleireiro da natura, Marcos Padilha: “uma dica boa e eficaz é aplicar o creme de tratamento e sair para curtir o dia enquanto ele age nos fios. Dessa forma, a proteção e a hidratação estarão garantidas”, ensina o especialista.
Lavar os cabelos após ir à praia ou piscina pode evitar que o sal do mar, ou cloro, prejudiquem os fios. Tanto a própria salinidade quanto os químicos usados nas piscinas abrem a cutícula do fio, deixando-o poroso e vulnerável. A recomendação é, se for possível, tomar uma ducha de água doce logo após sair da água, evitando que o cabelo seque com as substâncias depositadas nos fios.
Em recomendação, Padilha instrui duas lavagens de shampoo. “Oriento dessa forma para limpar bem. O sinal de que estão limpos é quando você desliza os dedos entre eles e ouve uma espécie de assobio. Depois disso, é só não esquecer de usar o condicionador – apenas no comprimento –, e então os dedos deslizarão e desembaraçarão os cabelos”, explica o cabeleireiro.
Mesmo sendo quase impossível evitar, o suor – excessivo – deixa o couro cabeludo mais propício à oleosidade e também à caspa. Durante a lavagem é recomendado evitar água muito quente para lavar os cabelos já que, como afirma a dermatologista: “o calor favorece a produção de sebo”.
Para secar as madeixas é preferível não usar chapinha ou condicionador, deixando os cabelos secarem naturalmente, soltos, como também não dormir com os fios úmidos, já que a prática pode aumentar o risco de proliferação de fungos e bactérias no couro cabeludo.
(Texto: Leo Ribeiro)