Por Camila Farias e Bárbara F.Bejarano [Jornal O Estado MS]
Uma pesquisa recente divulgada pelo site Brasileiro de Telefonia apontou que Mato Grosso do Sul está em 6º lugar como a internet mais lenta do país. O levantamento leva em consideração a latência, velocidade de download e upload das conexões. No ranking de velocidade de internet, Mato Grosso do Sul ficou atrás de Amapá, Espírito Santo, Rondônia, Paraná, Maranhão, Tocantins, Pernambuco e Mato Grosso.
Vale destacar que outra pesquisa realizada, desta vez pelas plataformas Melhor Plano e Minha Conexão, do Grupo Méliuz mostrou que a velocidade média da internet banda larga no Brasil é de 58,18 Mbps, o que é considerado baixo. Os resultados foram obtidos a partir de mais de 15 milhões de testes de velocidade de internet realizados no site entre janeiro e junho de 2021.
O Piauí era o estado dono da primeira colocação no ranking de internet mais rápida na última pesquisa, divulgada em agosto do ano passado. Porém, agora Mato Grosso, estado vizinho de Mato Grosso do Sul, assumiu o topo da lista, com uma média de 159,47 MB por segundo.
Conforme Alan Francisco dos Santos, analista de projetos e professor de ciência da computação, a situação poderia ser melhorada, caso as operadoras ampliassem os investimentos, o que impactaria diretamente em seus lucros.
“As infovias se comportam como as vias de acesso entre as cidades. Logo, o problema é os investimentos na infraestrutura física, o que envolve aquisição de links e equipamentos mais sofisticados e rápidos. Isso deve partir das operadoras sem dúvidas. Para se ter uma estrada de rodagem melhor e dar maior índice de satisfação aos usuários seria necessário investimento financeiro, melhorando o asfalto, acostamento, sinalização, melhorias nos trevos e com a internet também seria necessário investir, mas o investimento diminuiria o lucro das operadoras. O Mesmo ocorre com as infovias e, como não temos outra opção, ficamos”, destaca.
O jornal O Estado conversou com usuários da rede na cidade de Campo Grande e notou que, mesmo aqueles que atualmente se mostram satisfeitos com o serviço recebido, em algum momento já tiveram problemas com alguma empresa de telefonia responsável pela internet.
No mês passado, a Prefeitura de Campo Grande encaminhou para a Câmara Municipal de Vereadores um projeto de lei que regulamenta a tecnologia 5G na Capital. O encaminhamento do plano é um dos primeiros passos da prefeitura no sentido da completa adequação da normativa municipal à LGA e objetiva fomentar o
avanço da tecnologia, alavancando assim a velocidade da conectividade para celular e dispositivos inteligentes.
A expectativa é de que o 5G amplie, por exemplo, os serviços de telecomunicação, melhorando, assim, o acesso à internet dos equipamentos públicos, bem como a implantação do videomonitoramento, a viabilização da semaforização inteligente e a entrega de mais serviços digitais para a população.
Empresas na mira dos consumidores
Vale lembrar que, no passado, a Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), órgão vinculado à Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), divulgou ranking das empresas que mais receberam reclamações em 2021. Entre os primeiros colocados da lista apareceram, a Claro S/A (963 reclamações), Brasil Telecom Celular S/A (899 registros), Telefônica do
Brasil S.A, responsável pela Vivo e GVT, com um total de 803 reclamações.
Entre as principais queixas apontadas pelos consumidores estavam: cancelamento de serviços (retenção, demora, não envio do comprovante); recusa injustificada em prestar serviços; SAC – resolução de demandas (ausência de resposta, excesso de prazo, não suspensão imediata da cobrança); reajuste abusivo (preço, taxa,
mensalidade, etc.); serviço não fornecido (entrega/instalação/não cumprimento da oferta/contrato); serviço não concluído/fornecimento parcial; cobrança de valor quando o produto é devolvido (cobrança indevida); vício de qualidade (mal executado, inadequado, impróprio) e venda/oferta/ publicidade enganosa, entre outras.
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