China avalia vender operação americana do TikTok para Elon Musk, diz agência

Foto: Reprodução/Freepik
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O governo chinês avalia a possibilidade de vender as operações americanas do TikTok para Elon Musk, bilionário dono de X (antigo Twitter), Tesla e SpaceX, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Bloomberg nesta terça-feira (14). A notícia surge em meio a um embate jurídico e político entre a ByteDance, empresa que controla o aplicativo chinês, e as autoridades dos Estados Unidos.

A ByteDance enfrenta pressão da legislação norte-americana para vender ou encerrar as operações do TikTok no país sob alegações de riscos à segurança nacional. A empresa argumenta que tais exigências violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. A Suprema Corte ainda não tomou uma decisão sobre o caso, mas a maioria dos juízes vem demonstrando inclinação a priorizar as preocupações com segurança.

De acordo com fontes anônimas ouvidas pela Bloomberg, a proposta de venda para Elon Musk faz parte de um plano de contingência elaborado por Pequim para lidar com o governo de Donald Trump, que adotou uma postura rígida em relação à China. Uma transação envolvendo Musk, um dos aliados mais próximos de Trump, poderia facilitar negociações futuras entre os dois países, afirmaram as fontes.

Entre os cenários discutidos está a possibilidade de Musk integrar o TikTok às operações do X. Com uma base de mais de 170 milhões de usuários nos EUA, as operações do TikTok no país têm valor estimado entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, de acordo com analistas da Bloomberg Intelligence.

Há dúvidas, contudo, sobre como Musk financiaria a aquisição. Em 2022, o bilionário pagou US$ 44 bilhões pelo Twitter (atual X) e ainda tem obrigações financeiras relacionadas ao negócio.

A entrada do governo chinês no assunto demonstra, segundo a Bloomberg, que a ByteDance pode não ter mais tanta influência sobre o futuro do TikTok. O governo chinês possui uma golden share em uma afiliada da ByteDance, permitindo-lhe influenciar decisões estratégicas.

O TikTok afirma que o controle se aplica apenas à subsidiária baseada na China, Douyin Information Service Co., e não afeta as operações da ByteDance fora da China. Ainda assim, as regras de exportação da China impedem que empresas do país vendam seus algoritmos de software, e o governo chinês precisaria aprovar a venda, já que inclui o mecanismo de recomendação de conteúdosdo TikTok.

Pequim também não teria chegado a um consenso sobre como proceder e discute alternativas, como a criação de um novo aplicativo para transferir a base de usuários americana do TikTok. A Bloomberg explica que não está claro, porém, se essa estratégia seria eficaz e se evitaria o banimento da plataforma.

Questionados pela Bloomberg, Musk e seus representantes não responderam. Representantes da ByteDance e do TikTok também não falaram com a agência. A Administração do Ciberespaço da China e o Ministério do Comércio da China, agências governamentais que poderiam estar envolvidas em decisões sobre o futuro do TikTok, também não quiseram comentar as declarações.

 

Com informações do SBT News

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