Nos mínimos detalhes muitas vezes se encontram as pistas essenciais para inocentar, culpabilizar ou incluir a participação de alguém na cena de um crime, e a impressão digital de um suspeito seria uma das peças mais importantes para a elucidação em alguns casos, especialmente com uma ferramenta que apontasse a identidade após a coleta da impressão digital. Mas isso não é o que está acontecendo nos últimos meses no Jardim Carioca.
Moradores do maior condo – mínio do Residencial Nelson Trad vem sofrendo com uma onda de furtos e a constante falta de segurança no local. De acordo com alguns mora – dores, nos últimos dois meses, mais de 5 apartamentos foram invadidos e pertences foram furtados das residências. O medo de que a situação se repita fez com que três das vítimas acionassem a polícia para periciarem os imóveis.
“De um tempo pra cá, está havendo muitos arrombamentos não só aqui dentro como em outros condomínios vizinhos e desconfiamos de quem seja o autor. Dentre vá – rios casos tivemos três apartamentos invadidos que foram periciados, só que infelizmente não obtivemos resposta até o momento, e quando fomos atrás recebemos a informação que o atraso se dá devido a uma falta de material para fazer o exame de impressões digitais”, contou um morador que não quis se identificar.
A demora na resposta é uma grande preocupação aos moradores que temem novos casos. “Precisamos da resposta para tomar as pro – vidências cabíveis”, concluiu.
A falta de policiamento no bairro é outro ponto citado pelo morador. “São oito condomínios com cerca de mil apartamentos, só dentro do residencial tem um fluxo muito grande de pessoas e o número dos usuários de droga aumentam a cada dia, as pessoas estão sem segurança para pegar ônibus em frente de casa”, contou.
A reportagem do jornal O Estado MS entrou em contato com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para veri – ficar sobre esses casos. De acordo com a Coordenadoria Geral de Perícias não está faltando nenhum material que prejudique o andamento do trabalho do Instituto de Identificação, que é o setor responsável por colher digitais em locais de crime. (Dayane Medina e Amanda Amorim)