Com todos os atrasos em obras na Capital, os usuários do transporte público temem que os inícios das construções de novos corredores causem transtornos e mais problemas para o trânsito local, mas reconhecem a importância do reordenamento. Conforme adiantou o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, até fevereiro, o objetivo é organizar obras que estão paralisadas.
Quando o assunto é corredores de ônibus, há dez anos os campo-grandenses escutam sobre isso e, entre os projetos, o que está mais atrasado é o que liga o Centro, pela Calógeras, até a região sul, passando pela Costa e Silva e Gury Marques, facilitando o deslocamento dos moradores da região da avenida Guaicurus, das Moreninhas e até quem precisa chegar nos loteamentos, na Chácara das Mansões.
Moradora de Anhanduí, Cleonice Alves vem para Campo Grande com frequência, de ônibus, para resolver problemas da rotina, como idas ao banco e consultas médicas. Ela acredita que a obra valorizaria a região e até mesmo toda a cidade.
“Seria maravilhoso um corredor aqui, acho que precisa disso em todas as regiões de saída da cidade, por causa do fluxo de veículos para os bairros. Penso que deixaria Campo Grande com mais cara de grande Capital, mesmo”, idealiza Cleonice.
Já o vendedor ambulante Ademar Ferreira, que tem um ponto em frente ao Terminal Rodoviário, pensa que as ruas laterais da avenida Gury Marques, utilizadas pelos coletivos, são eficientes. “Acho que funcionam bem essas ruas laterais, só que elas são muito estreitas, fica um pouco perigoso, mas são boas. O grande problema de começar uma obra aqui é a demora que vai ter, o que, com certeza, vai atrapalhar”, opina o vendedor.
As conexões sudeste, sul e norte foram projetadas em 2012, com o primeiro empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, estimado em R$ 120 milhões. Entre as mais problemáticas está o trecho do Trevo Imbirussu até o terminal Aero Rancho, parado desde 2021, após a empresa contratada pedir rescisão do contrato.
CONSÓRCIO GUAICURUS GANHA ISENÇÃO
Única empresa responsável pelo transporte coletivo de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus teve a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços) garantida para 2024, graças à lei complementar 515, publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande.
A medida foi aprovada pela Câmara de Vereadores e tem como efeito a renúncia de R$ 10,869 milhões. Assinada pela prefeita Adriane Lopes (PP), a medida foi aplicada como alternativa para evitar o aumento das passagens.
Por Kamila Alcântara
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