Começa o monitoramento de dengue com armadilha

armadilha

Ações para identificar a infestação do mosquito Aedes aegypti estão sendo desenvolvidas em diversos bairros da região do Imbirussu. As chamadas “ovitrampas” – armadilhas que monitoram a presença do mosquito – funcionam por meio da contagem do número de ovos.

Segundo o chefe de serviços da etimologia da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), Lourival Pereira de Araújo, este trabalho está sendo desenvolvido para entender como está a situação do mosquito na região e medir a eficácia das medidas tomadas pelo município. Conforme Araújo, as armadilhas são colocadas e deixadas antes das ações e depois.

“Uma semana antes, na área delimitada de onde vai ocorrer a ação, são colocadas dez armadilhas. Na próxima semana, as armadilhas são retiradas e se estuda a manifestação do mosquito. Logo em seguida é feita a ação de controle, e são recolocadas as armadilhas para saber se a ação funcionou ou não, se a ação diminui o número de ovos, ou se a área está novamente infestada”, explicou. Os bairros Universitário, Jardim São Conrado e Macaúbas tiveram as armadilhas instaladas e passam por essa análise. No caso do Macaúbas, foram retiradas mais de 4 toneladas de lixo, eliminando 679 focos de dengue.

Esta ação está sendo desenvolvida primeiro na região do Imbirussu, e logo deve ser destinada para outros pontos de Campo Grande. “Nós estamos trabalhando ativamente na região do Imbirussu, em toda a região, semanalmente, nós estamos retirando e colocando armadilhas. O projeto vai ser estendido para toda a Capital, mas ainda não tem previsão para a extensão, já que depende de vários outros fatores”, apontou. Até o fim do mês, a prefeitura prevê mutirões na região do São Conrado e Paradiso.

Equipamentos são aliados

A emboscada é feita por um potinho cheio de água e uma lâmina de compensado que permanece úmida. Os locais onde esses vasos com água ficam são definidos por meio dos dados obtidos pelo levantamento rápido de índices para Aedes aegypti e das notificações de casos positivos para dengue naquele lugar.

Depois de recolhida, a lâmina passará por uma análise laboratorial que identificará se há presença de ovos. De acordo com Gisele Alcântara, responsável pela instalação e retirada das emboscadas, o sistema será atualizado caso alguma lâmina contenha ovos do mosquito. “O quarteirão onde a armadilha deu positivo será monitorado com mais intensidade”, explicou.

Gisele destaca que a distância mínima entre as armadilhas tem que ser de 300 metros, porque essa é a média da distância que um mosquito voa. “Se colocar menos que isso, a fêmea que deposita o ovo aqui pode depositar na outra armadilha também, o que fará com que os dados deem uma infestação que talvez nem exista”, detalhou. Acesse também: Lucro do FGTS será pago este mês; entenda

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(Dayane Medina e Amanda Amorim colaborou Raiane Carneiro)

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